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Educação brasileira melhora, mas ainda está abaixo da média da OCDE

3 dez 2013 - 10h23
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A educação brasileira registrou uma melhora significativa nos últimos nove anos, mas continua abaixo do média dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE), segundo os resultados do Programa Internacional para a Avaliação de Alunos (Pisa) 2012, divulgados nesta terça-feira.

"Apesar de o rendimento do Brasil estar abaixo da média da OCDE, sua média na matemática melhorou de 356 a 391 pontos, o que o converte no país com os maiores avanços desde 2003", indica o relatório.

O Pisa destaca que na matemática - área central do informe de 2012 -, o Brasil teve um rendimento menor que o do Chile, México, Uruguai e Costa Rica, mas superior ao da Colômbia e do Peru.

O relatório destaca melhorias significativas na leitura e em ciências, apesar de os resultados ficarem igualmente abaixo da média dos 32 países membros da OCDE.

Também destaca o crescimento da nota em 4,1 pontos anuais na matemática, que atribui à "melhoria econômica, social e cultural da população estudantil".

Nos últimos 10 anos, cerca de 40 milhões de brasileiros entraram para a classe média graças a programas sociais do governo.

O relatório destacou, além disso, que o Brasil ampliou a matrícula em suas escolas primárias e secundárias entre 2003 e 2012, e deu particular importância ao crescimento de 65% a 78% entre 2003 e 2012 da matrícula de jovens de 15 anos.

"Em 2003, 35% dos jovens de 15 anos não estavam matriculados na escola no sétimo ano ou mais. Para 2012, esta porcentagem se reduziu para 22%", indica o estudo.

No entanto, o Pisa enfatiza que "o nível de repetição de ano é ainda muito extenso no Brasil, repercute negativamente nos resultados na matemática e é mais notável entre os estudantes mais desfavorecidos".

O Brasil não é membro pleno da OCDE, mas apenas associado. A partir de janeiro, integrará o conselho diretor do Pisa, do qual agora é apenas observador.

O Pisa tem por objetivo ajudar os países a identificar como seu sistema escolar se situa em nível internacional em termos de qualidade, igualdade e eficiência.

A cada três anos, meio milhão de estudantes secundários de 70 países participam na avaliação do Pisa.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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