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DF quer ouvir o que as crianças têm a dizer sobre educação

Sugestões dos alunos servirão de subsídio para a elaboração dos Projetos Político-Pedagógicos (PPP)

30 ago 2015 - 10h47
(atualizado às 10h55)
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Na quinta edição do Projeto Plenarinha, crianças de escolas públicas do Distrito Federal dizem o que querem aprender e sugerem atividades
Na quinta edição do Projeto Plenarinha, crianças de escolas públicas do Distrito Federal dizem o que querem aprender e sugerem atividades
Foto: Elza Fiúza / Agência Brasil

Crianças das escolas públicas do Distrito Federal poderão dizer o que querem aprender e sugerir atividades para serem desenvolvidas a partir de 2016. Por meio do Projeto Plenarinha, os professores vão coletar e sistematizar sugestões e opiniões dos alunos de até 5 anos de idade, para que sirvam de subsídio para a elaboração dos Projetos Político-Pedagógicos (PPP).

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O projeto, cujo nome é inspirado nos plenários do Congresso Nacional, está na terceira edição e, pela primeira vez contará com a participação de todas as escolas que oferecem educação infantil na rede, seja pública ou conveniada – instituições sem fins lucrativos.

De acordo com a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, o Plenarinho contará também com a participação de todas as crianças, desde os 4 meses de idade. "A criança do berçário, ainda que não tenha a linguagem oral, ela se comunica, seja por choro, seja por movimento. Temos buscado que nossos professores tenham esse olhar para o berçário. A aproximação com as famílias também é essencial", diz a coordenadora de Educação Infantil da secretaria, Michelle Abreu Furtado.

Segundo Michelle, o projeto político-pedagógico geralmente é elaborado apenas pelos adultos, principalmente os gestores. Muitas vezes, sequer os pais ou responsáveis pelas crianças são ouvidos. 

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Cada escola define um PPP, que orienta as açõe educativas naquela unidade. "Com a educação integral, muitas crianças passam dez horas na escola, às vezes, mais tempo do que passam com a família. Precisamos conhecer essa criança. Tem aquelas que gostam de tinta, de certos materiais e outras, não. E isso tem que ser levado em consideração no PPP. Estamos pedindo que as escolas pensem na particularidade de cada criança, e não em um grupo homogêneo", destaca Michelle.

O projeto começou em maio e deverá seguir até o dia 25 de novembro, quando, em reunião, as escolas apresentarão a sistematização da Plenarinha. As opiniões das crianças são coletadas de diversas formas. Além de perguntas feitas diretamente pelos professores, a proposta prevê que as crianças usem máquinas fotográficas para registrar o que gostam e o que não gostam, entrevistem umas às outras, gravem áudios, desenhem e pintem a percepção que têm da escola e do ensino. Aos professores cabe a observação, a escuta e o registro dos trabalhos.

A primeira edição da Plenarinha contou com a participação de uma amostra de 400 crianças e 50 profissionais de algumas escolas. O tema era Currículo em Movimento da Educação Básica - Educação Infantil. A segunda teve como tema o Plano Distrital pela Primeira Infância. As crianças puderam também dar sua contribuição em outras áreas, como saúde. assistência social e meio ambiente.

Neste ano, o tema é "Escuta sensível às crianças: uma possibilidade para a (re)construção do projeto político-pedagógico".

Agência Brasil Agência Brasil
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