PUBLICIDADE

Oriente Médio

Diplomacia exige respeito mútuo, diz Lula sobre Irã

31 mai 2010 - 13h11
(atualizado às 13h32)
Compartilhar

Ao comentar as divergências com os Estados Unidos sobre o acordo de Teerã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que é preciso haver respeito mútuo na política internacional entre países. Em evento no Rio de Janeiro, Lula lembrou que os EUA tentam um acordo com o Irã há mais de 30 anos e que só depois da intermediação de Brasil e Turquia os iranianos aceitaram negociar.

"A divergência do Irã com os Estados Unidos perdura há 31 anos. Qual foi o mal que fizeram Brasil e Turquia? Foi convencer o Irã a sentar na mesa para negociar, que era o que eles queriam que acontecesse", disse Lula durante a abertura de um evento sobre mobilidade rodoviária sustentável.

"Quando o Irã topa sentar na mesa, eles (EUA) falam: 'não vale mais'. Não é possível fazer política internacional se não houver um respeito mútuo nas nossas relações", disse.

Golfo do México

O presidente ironizou ainda a demora no controle do grave vazamento de petróleo que ocorre há mais de um mês em um campo da BP na costa americana do Golfo do México. Segundo Lula, "os grandes" não sabem o que fazer para solucionar o derramamento.

"Os grandes, que sabiam tudo, não sabem como fazer para parar aquele petróleo. Tem que chegar uma nova sonda, fazer um novo poço, para implodir aquele e tampá-lo para parar de sair petróleo", disse Lula, que também fez críticas à cobertura da imprensa internacional sobre o acidente ambiental.

"Imagina se fosse a Petrobras! Imagina se fosse aqui na Baía de Guanabara, o escândalo que o mundo desenvolvido teria feito contra nós. Quantas matérias dizendo que o Brasil não sabe tomar conta do seu nariz", disse Lula, que foi interrompido por aplausos da plateia formada por brasileiros e estrangeiros, entre eles o presidente mundial da Michelin, Michel Rollier.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade