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Dilma recebe movimento LGBT para discutir combate à homofobia

28 jun 2013 - 09h36
(atualizado às 09h36)
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A presidente Dilma Rousseff se reúne na manhã desta sexta-feira, no Palácio do Planalto, com representantes de movimentos de jovens e também dos gays, bissexuais, travestis e transexuais e lésbicas. Em discussão, estarão as reivindicações dos grupos e a onda de manifestações que atingiu o País nos últimos dias. A reunião ocorre no dia seguinte ao lançamento, pelo governo, do Sistema Nacional de Promoção de Direitos e Enfrentamento à Violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Sistema Nacional LGBT) e no momento em que se debate o projeto sobre a "cura gay".

Apenas em 2012, segundo dados sobre a violência homofóbica, foram analisadas situações envolvendo 4,8 mil vítimas e 4,7 mil acusados e registrado aumento de 166% no número de denúncias feitas e de 183% na quantidade de vítimas. O estudo é organizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. No ano passado, foram registradas 3.084 denúncias de violência contra homossexuais, bissexuais, travestis e transexuais e mais de 9,9 mil violações de direitos relacionados ao grupo LGBT.

Durante o lançamento do sistema, foi criado um comitê gestor de enfrentamento da chamada LGBTfobia, o preconceito e a violência contra a diversidade de orientação sexual e de identidade de gênero. O sistema será formado basicamente por centros de promoção e defesa - com apoio psicológico, jurídico, entre outros tipos de suporte - e por comitês de enfrentamento à discriminação e de combate à violência.

Na cerimônia de lançamento, que ocorreu na quinta-feira, autoridades defenderam o fim da tramitação do projeto sobre a "cura gay", aprovado pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara. O projeto determina que psicólogos atuem para reverter a orientação sexual dos pacientes. A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse ser inaceitável que a homossexualidade seja tratada como doença.

Na reunião com os ativistas, Dilma também deve conversar sobre as manifestações ocorridas no país desde a semana passada. A presidente defende o direito de protestar, mas condena a violência e os atos de vandalismo. Desde segunda-feira, ela recebe representantes de movimentos sociais, de estudantes e entidades sindicais em busca de medidas que visam a atender às demandas dos manifestantes e ao fim dos protestos.

Agência Brasil Agência Brasil
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