No Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, o governo brasileiro prestou homenagens aos 6 milhões de judeus mortos no episódio. A presidente Dilma Rousseff condenou todas as formas de intolerância, discriminação, perseguição e violência por motivos de origem étnica ou crença religiosa.
A data relembra o dia em que foi libertado, há 70 anos, o campo de extermínio dos nazistas na Polônia. Por meio de nota à imprensa, Dilma disse que "relembrar os horrores do Holocausto é necessário para que eles jamais se repitam”, e nunca sejam esquecidos. O Ministério das Relações Exteriores, também via nota, homenageou os “brasileiros que salvaram vidas humanas naquele triste momento da história, como Luiz Martins de Souza Dantas e Aracy de Carvalho Guimarães Rosa”.
“O povo brasileiro é uma mistura de pessoas e raças das mais diferentes origens. Um povo que se orgulha de viver harmoniosamente e que, a cada dia, busca fortalecer o respeito à diversidade, à tolerância e à solidariedade”, escreveu Dilma Rousseff.
“Em momento de manifestações crescentes de antissemitismo, islamofobia, xenofobia e demais formas de intolerância em diversas partes do mundo, o compromisso de cada país, individualmente, e o contínuo aprimoramento dos instrumentos de proteção dos direitos humanos são fundamentais para assegurar o fim de todas as formas de discriminação”, disse também o Itamaraty.
Imagem aérea do campo de Auschwitz, na Polônia: calcula-se que entre 1,1 milhão de judeus perderam a vida dentro do complexo
Foto: André Naddeo / AP
Soldado observa o mar de corpos. Crematório funcionava 24 horas por dia. 90% dos que ali morreram eram judeus sendo alguns prisioneiros, eslavos e descumpridores do regime de Adolf Hitler
Foto: Arquivo Pessoal / AP
Crianças judias observam a chegada das tropas soviéticas a Auschwitz, no dia 27 de janeiro de 1945, na reta final da Segunda Guerra Mundial
Foto: Arquivo Pessoal / AP
Imagem do gueto de Lodz, o segundo pior do regime nazista, atrás apenas de Varsóvia. No local para 25 mil pessoas, viviam 165 mil
Foto: Arquivo Pessoal / AP
O jovem Aleksander Laks, já com 20 anos, nos EUA, antes de vir ao Brasil para reconstruir sua vida
Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução
Lista de mortos pelos nazistas, com o marca-texto, o nome Jacob, pai de Aleksander
Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução
Ainda no campo de concentração, o desenho feito pelo próprio Aleksander da câmara de gás onde se matavam judeus
Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução
A vida no Rio de Janeiro e a família reconstruída: dois filhos, três netos e o amor pelo Rio de Janeiro
Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução
O casal Laks: Jacob e Syma. Mortos em campos de concentração deixando órfão o jovem com ainda 17 anos
Foto: Arquivo Pessoal / Reprodução
Aleksander Henryk Laks, 87 anos: "Não pode acontecer mais com ninguém. Dedico minha vida a isso"