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Dilma diz querer cultura de aeroportos privatizados no Brasil

20 dez 2012 - 11h49
(atualizado às 12h58)
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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira que espera que o Brasil inicie uma cultura de aeroportos privatizados no País. A declaração foi feita durante o anúncio do programa de investimento em aeroportos, que, dentre outras medidas, anunciou a concessão dos aeroportos Galeão (RJ) e Confins (MG) à iniciativa privada. "O Brasil não tem a tradição de administração de aeroportos privados, mas queremos que essa tradição de estabeleça", disse a presidente. A declaração foi um "mea culpa" de Dilma ao anunciar o aumento das exigências para que novas operadoras participem de leilões.

A presidente Dilma Rousseff anuncia o plano de investimentos e privatização de aeroportos, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff anuncia o plano de investimentos e privatização de aeroportos, em Brasília
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR / Divulgação

"Queremos que as operadoras que atuem no Brasil tenham aptidão para operar, no mínimo, 35 milhões de passageiros ao ano e que elas tenham pelo menos 25% de participação no consórcio", acrescentou a presidente. No leilão anterior, que privatizou Cumbica (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF), a exigência era de experiência em terminais com fluxo de até R$ 10 milhões de passageiros anualmente.

Segundo a presidente, está mantida a participação de 49% da Infraero nos terminais concedidos e também a regra de que o sócio majoritário não tenha participação em mais de um aeroporto. Em tom enérgico, ela rebateu críticas de que as regras do jogo estavam sendo alteradas. "No Brasil, precisamos parar com a mania de pensar que quando o seu interesse não está sendo atendido, está havendo mudança na regra do jogo. Quando a regra está dada, ela será cumprida", declarou.

Preocupada em garantir bons investimentos, Dilma afirmou ainda que o negócio de aeroportos é rentável. "Achamos que os aeroportos brasileiros são um ótimo negócio. Tanto pelo aumento crescente de passagens de avião quanto pela experiência internacional que aeroportos são grande negócio", disse.

Antes de desenhar o programa, a presidente enviou uma comitiva de ministros para negociar com grandes operadores e tentar atrair sua atenção para o plano anunciado hoje. As conversas foram feitas com executivos da alemã Fraport, da francesa Aéroports de Paris, da Changi, de Cingapura, entre outras.

Fonte: Terra
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