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Difícil era a prisão na Rússia, diz ativista sobre Playboy

A ativista que ganhou as manchetes pela prisão na Rússia sairá na capa da Playboy e já planeja palestras, um livro e a criação de uma reserva ambiental

8 abr 2014 - 07h18
(atualizado às 07h25)
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Ana Paula Maciel será a capa de abril da revista
Ana Paula Maciel será a capa de abril da revista
Foto: Divulgação

Para a ativista ambiental Ana Paula Maciel ser clicada nua para as páginas da revista Playboy, que chega às bancas na terça-feira, foi muito fácil se comparado com as inspeções pelas quais tinha que passar sem roupa na Rússia, onde ficou presa por quase dois meses no ano passado, acusada de pirataria. Segundo ela, o ensaio é apenas mais uma forma de usar seu corpo para o trabalho que ela tem feito há 10 anos em prol das causas ambientais.

“Muito mais difícil era fazer a revista de entrada e saída da cadeia, com agachamento e polichinelo, ainda mais com aquelas guardas mal-humoradas, e eu tinha que ficar pelada pelo sim, ou pelo sim... então já tive que fazer muitas outras coisas, muito mais difíceis do que me desnudar em frente a uma equipe profissional que faz isso há muito tempo”, conta Ana Paula, se dizendo muito feliz com o resultado das fotos.

Segundo ela, o ensaio clicado por André Sanseverino foi realizado no dia 22 de março na cidade paulista de Cotia, “em meio à natureza, em uma área verde, com mata nativa, e ficou supersimples e sensual, como a natureza”.

A Playboy também divulga um ensaio com a ativista Ana Paula Maciel, cujo cárcere de dois meses na Rússia rodou o mundo
A Playboy também divulga um ensaio com a ativista Ana Paula Maciel, cujo cárcere de dois meses na Rússia rodou o mundo
Foto: André Sanseveriano/Playboy / Divulgação

Ana Paula diz que este trabalho foi diferente de tudo que tinha feito, mas ao mesmo tempo afirma que usar seu corpo para chamar atenção para a causa ambiental é algo que ela tem feito há uma década. “Ser capa da Playboy foi só mais uma coisa extraordinária que aconteceu na minha vida nesses 10 anos. A revista não inventou, assim como o Greenpeace não me inventou, sou uma pessoa que trabalha em defesa do meio ambiente, desde que eu me entendo por gente”, afirma.

Parte do cachê, Ana Paula diz que será usado para a criação de uma reserva ambiental voltada para animais vítimas de tráfico silvestre. O projeto deve ser implantado no Nordeste do País, no Rio Grande do Norte ou no sul da Bahia. “Será um local onde as pessoas poderão ter acesso, para educação ambiental, e também para o trabalho de recuperação de animais”.

A Playboy também divulga um ensaio com a ativista Ana Paula Maciel, cujo cárcere de dois meses na Rússia rodou o mundo
A Playboy também divulga um ensaio com a ativista Ana Paula Maciel, cujo cárcere de dois meses na Rússia rodou o mundo
Foto: André Sanseveriano/Playboy / Divulgação

Junto a isso, Ana Paula planeja começar a dar palestras – está sendo treinada pelo professor Nailor Júnior – e, até o começo do ano que vem, deve escrever um livro contando o que passou na Rússia.

“São palestras de educação ambiental, onde posso contar mais da minha história, do que aconteceu na Rússia, dos 10 anos de Greenpeace, da Ana Paula como pessoa, que chamou atenção para tantas causas polêmicas... ao invés de ser um mito intocável, eu quero estar ali, falando com as pessoas, mostrando que sou uma pessoa normal e que me importo com o meio ambiente. Se me importar com o meio ambiente te faz ser uma pessoa extraordinária, então eu peço que todo mundo se importe com algo e seja uma pessoa extraordinária”, diz Ana Paula.

A ativista conta que está muito feliz com tudo que tem acontecido em sua vida, e lembra que há seis meses, sua perspectiva de futuro era bem diferente do que tem vivido hoje. “Há seis meses eu imaginava que talvez pudesse ficar 15 anos na cadeia, mas a vida é assim, sempre em mudança e a gente vai caminhando.”

Fonte: Terra
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