DF vai usar fumaça para detectar ligações irregulares de esgoto
A Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) do Distrito Federal (DF) iniciou um trabalho de inspeção para detectar ligações irregulares e outros problemas nos dutos de escoamento de esgoto. As equipes aplicam uma fumaça não-tóxica diretamente nos bueiros, com auxílio de um insuflador, que permite identificar pontos de passagem irregular ou ligações com problemas.
A ligação irregular de esgoto nas redes pluviais ocorre em todo o DF, segundo a coordenadora de Fiscalização e Orientação Sanitária da Caesb, Zélia Aparecida de Souza. "Água de chuva e esgoto têm destinação diferente", explica ela. No entanto, às vezes o morador ou o pedreiro que constrói a casa liga o esgoto na rede pluvial. "O prejuízo fica com o morador que, além de contribuir para a poluição de mananciais, pode sofrer transtornos, como o retorno de esgoto pelos ralos da casa", afirma a coordenadora da Caesb. Outros problemas que podem ocorrer são o mau cheiro nos ralos, nas pias, nos tanques, nas caixas de inspeção e em outros pontos da casa. Por isso, ela defende que a identificação de ligações irregulares interessa aos próprios moradores.
De acordo com Zélia, a Caesb poderá estabelecer multa às residências que não colaborarem para solucionar o problema das ligações irregulares.
O trabalho começou pelo Guará, cidade do Distrito Federal a cerca de 10 quilômetros de Brasília, e vai ser iniciado no próximo dia 31 na localidade de Taguatinga, a cerca de 20 quilômetros, estendendo-se depois para outras áreas. A técnica já está sendo empregada também na cidade de Jundiaí (SP).
As capitais São Paulo e Belo Horizonte estão entre as grandes cidades brasileiras onde existem alagamentos por causa de obstruções, fazendo com que a água da chuva se misture às redes de esgotos. Isso agrava a qualidade da água nas sub-bacias, que já são prejudicadas pelo lixo jogado nas ruas, que vai para os rios depois de chuva intensa.
A Companhia de Saneamento Ambiental de Minas Gerais (Copasa) está fazendo campanha educativa em Belo Horizonte sobre os problemas gerados pelas ligações irregulares de esgoto com a rede pluvial, mostrando que a população pode ajudar na preservação do meio ambiente.
Agência Brasil
