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Desocupação cai, mas aumenta desigualdade entre homens e mulheres, diz IBGE

27 set 2013 - 12h22
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A taxa média de desocupação no Brasil caiu de 6,7% em 2011 para 6,1% em 2012 e a renda dos trabalhadores aumentou 5,8% no mesmo período, embora a desigualdade nos rendimentos entre homens e mulheres tenha se elevado.

Esses dados, divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), mostraram também que o desemprego continua afetando principalmente mulheres e negros.

As estatísticas são resultado da edição de 2012 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), uma ampla pesquisa que o IBGE realiza anualmente desde 1967.

Segundo o estudo, o desemprego continua caindo gradualmente no Brasil, desde o 8,9% medido em 2004, mas o número de pessoas contratadas formalmente pelo setor privado se manteve praticamente estável, em 74,6% no ano passado.

O estudo mostrou igualmente que o número de menores de entre cinco e 17 anos que trabalha caiu de 3,66 milhões em 2011 até 3,50 milhões em 2012 (8,3% das pessoas com essas idades).

Apesar da renda mensal do trabalhador brasileiro ter aumentado 5,8%, de R$ 1.425 em 2011 para R$ 1.507 em 2012, o rendimento das mulheres equivalia a 72,9% ao dos homens no ano passado, abaixo do 73,7% medido um ano antes.

Esse ligeiro aumento da desigualdade dos salários por gênero em 2012 pôs fim a uma sequência de cinco anos em que a renda de homens e mulheres tendeu a equilibrar-se.

Em 2007 a renda das mulheres equivalia a 71,4% da dos homens e essa porcentagem chegou a 73,7% em 2011 graças ao fato de os salários das trabalhadoras terem aumentado em 20,7% nesse período, contra 18,2% de elevação do dos homens.

Dos 2,2 milhões de brasileiros desempregados em 2012, número 7,2% inferior ao de 2011, 57,8% eram mulheres, 59,9% negros, e 34,6% jovens de entre 18 e 24 anos, além de 53,1% pessoas sem ensino médio.

Dos 93,9 milhões de brasileiros com ocupação no ano passado, número 1,6% superior ao de 2011, 62,1% eram assalariados, 20,8% autônomos, 6,8% empregados domésticos e 3,8% empregadores, entre outras categorias.

Segundo o estudo, a concentração da renda manteve a tendência de redução dos últimos anos e o chamado índice de Gini, utilizado pela ONU para comparações internacionais, ficou em 0,498 pontos em 2012 frente a 0,501 pontos em 2011.

Essa redução de 0,003 pontos, segundo o IBGE, mostra que as pessoas com as receitas mais baixas tiveram uma elevação da renda superior à das pessoas com maiores rendas.

Quanto aos indicadores de educação, o estudo mostrou que o números de brasileiros com mais de 15 anos que não sabe ler nem escrever caiu de 13,2 milhões em 2011 até 12,9 milhões em 2012, o que localizou a taxa de analfabetismo em 8,7%.

A porcentagem de pessoas de mais de 24 anos com menos de um ano de estudos caiu de 15,1% em 2011 para 11,9% em 2012, enquanto o de pessoas com educação universitária subiu de 11,4% em 2011 até 12% em 2012, ano em que os universitários somavam 14,2 milhões de pessoas.

Quanto à população, o estudo mostrou que o número de brasileiros subiu de 195 milhões em 2011 para 196,6 milhões em 2012, dos quais 51,3% eram mulheres - 63,2% tinha até 39 anos e 12,6% tinha mais de 60, contra 12,1% em 2011, o que confirma o envelhecimento da população.

Por raças, 46,2% dos brasileiros se declarou branco, 45% mulato, 7,9% negro e 0,8% indígena ou outras.

Segundo o estudo, o número de residências no Brasil subiu de 61,2 milhões em 2011 até 62,8 milhões em 2012, das quais 57,1% tinha acesso à rede de águas e esgoto no ano passado, contra 55% de um ano antes.

A porcentagem de domicílios com abastecimento de água subiu de 84,6% em 2011 para 85,4% em 2012 e o de residências com eletricidade de 99,3% a 99,5%.

Já o número de brasileiros com telefone celular subiu de 115,4 milhões em 2011 até 122,7 milhões em 2012 e a porcentagem de residências com computador e acesso à internet passou de 36,5% para 40,3% no mesmo período.

EFE   
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