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Decisão do STF é 'marco' para direitos de gays, diz AI

6 mai 2011 - 16h39
(atualizado às 16h46)
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A Anistia Internacional (AI) afirmou nesta sexta-feira que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reconhecer a união estável homoafetiva é um "marco para os direitos dos gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros (LGBT) no País". "Este é um momento histórico para casais do mesmo sexo no Brasil", disse Guadalupe Marengo, diretora represtante das Américas da AI.

Supremo reconheceu a união estável homoafetiva por decisão unânime
Supremo reconheceu a união estável homoafetiva por decisão unânime
Foto: Carlos Humberto - STF / Divulgação

"Nós damos as boas-vindas a esse avanço e esperamos que essa decisão histórica leve a proteção plena dos direitos da população LGBT no Brasil", disse Marengo. "Nós esperamos que a decisão brasileira possa influenciar outros países latinoamericanos", concluiu.

"A regulamentação é uma vitória importante para a comunidade de gays e lésbicas - e para a democracia no Brasil", diz o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros (ABLGBT), Toni Reis, citado pela AI em nota.

STF decide a favor de união gay

Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu no dia 5 de maio de 2011 pelo reconhecimento de união estável entre pessoas do mesmo sexo. Todos os dez ministros aptos a votar foram favoráveis a estender a parceiros homossexuais direitos hoje previstos a casais heterossexuais - o ministro Dias Toffoli se declarou impedido de participar porque atuou como advogado-geral da União no caso e deu, no passado, parecer sobre o processo.

Com o julgamento, os magistrados abriram espaço para o direito a gays em união estável de terem acesso a herança e pensões alimentícia ou por morte, além do aval de tornarem-se dependentes em planos de saúde e de previdência. Após a decisão, os cartórios não deverão se recusar, por exemplo, a registrar um contrato de união estável homoafetiva, sob pena de serem acionados judicialmente. Itens como casamentos civis entre gays ou o direito de registro de ambos os parceiros no documento de adoção de uma criança, porém, não foram atestados pelo plenário.

Fonte: Terra
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