Crimes de mentira, mas que prejudicam a segurança pública, já que a polícia é mobilizada para investigar os casos. Lembre 11 crimes forjados descobertos pela polícia. Traição e ganância: os crimes falsos que surpreenderam o Brasil O caso baiano de um assassino que forjou a morte da vítima com catchup depois de descobrir que a conhecia ganhou repercussão até mesmo na imprensa internacional. Na busca por vingança, para obter lucro ou acobertar um crime, algumas pessoas têm recorrido a armações dignas de filmes. São falsos sequestros para ficar com o dinheiro do resgate, droga plantada no comércio do rival e até estupro para acobertar traição. Crimes de mentira, mas que prejudicam a segurança pública, já que a polícia é mobilizada para investigar os casos. Lembre 11 crimes forjados descobertos pela polícia. Erros de ortografia entregam falsa grávida em SC Em 2003, uma mulher casada com um advogado e moradora de Joinville, no norte de Santa Catarina, forjou o próprio sequestro. O suposto crime serviria para acobertar uma falsa gravidez, inventada por ela meses antes. A mulher estava com a cesariana marcada para o dia seguinte quando desapareceu. Com a urina de uma amiga gestante ela conseguiu falsificar um exame de gravidez, começou a engordar e sempre que tinha exame pré-natal inventava uma desculpa para não comparecer. Assim, ela conseguiu enganar o marido por nove meses. Depois que o marido comunicou o sumiço à polícia, uma suposta amiga da falsa grávida começou a se corresponder com ele. A amiga dizia que a mulher estava sendo mantida em cárcere privado. A equipe Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) entrou no caso e, com base nos erros de ortografia, descobriu que a suposta amiga era na verdade a desaparecida. Ela estava vivendo em um prostíbulo no interior do Paraná. Quando o caso foi elucidado, ela voltou a morar com o marido e ambos entraram com uma ação contra o médico que atestou a gravidez por danos morais. Ela não foi indiciada, por não ter comunicado o falso crime, e a polícia não apurou o motivo de a mulher ter fingido estar grávida. Vingança leva a falso flagrante de drogas em SC Em 2005, um homem ficou preso por quase um mês depois que seis pedras de crack foram encontradas em seu bar em Abelardo Luz, oeste catarinense. Ele foi absolvido do crime de tráfico, pois ficou comprovado que o chefe da vigilância sanitária no município na época forjou o flagrante. Por vingança, o servidor plantou as drogas no estabelecimento da vítima, que teria tido uma discussão com o prefeito. Não ficou provado se o prefeito foi o mandante da simulação. Ainda assim, em fevereiro de 2008, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina condenou o município ao pagamento de R$ 83 mil por danos morais ao dono do bar. Policiais armam prisão de jornalista em SP O jornalista Roberto Cabrini foi preso com papelotes de cocaína em seu carro em São Paulo, em abril de 2008. Na ocasião, ele alegou que fazia uma reportagem investigativa e, por isso, estava com o veículo próprio. Somente três anos após a prisão, a Corregedoria da Polícia Civil concluiu que o flagrante foi armado. Em julho de 2011, relatório da Corregedoria apontou que seis policiais, entre eles um delegado, armaram a prisão. O documento não esclarece o motivo da simulação, mas levanta a possibilidade de vingança devido a uma reportagem feita pelo jornalista. Matou a avó e pediu resgate à família em GO Um jovem matou a avó asfixiada em Itapuranga, a 166 km de Goiânia, em 10 de novembro de 2009, e depois tentou simular um sequestro para conseguir R$ 35 mil com sua mãe, filha da vítima. O desempregado, de 26 anos na época, acabou preso no mesmo dia na entrada da cidade vizinha de Itaberaí. O corpo de Nair Francisca da Silva, 73 anos, foi encontrado em um baú na residência em que ela e o neto moravam. O jovem disse à polícia que foi acordado pela avó na manhã do dia do crime e que se irritou com um sermão dela sobre a necessidade de ele procurar um emprego. Três homens que levaram o rapaz até o local do pagamento do resgate também foram presos. Sequestro para cobrir rombo em empresa de SC Em fevereiro de 2010, outro falso sequestro foi descoberto em Brusque, no Vale do Itajaí (SC). Dessa vez, o crime foi forjado por uma mulher para acobertar o sumiço de R$ 50 mil da empresa de sua família. Com uma lajota, ela quebrou o vidro de seu carro, revirou o veículo e o deixou abandonado. Depois, passou a noite na casa de seu cabeleireiro, na região metropolitana de Florianópolis. Em fevereiro de 2010, outro falso sequestro foi descoberto em Brusque, no Vale do Itajaí (SC). Dessa vez, o crime foi forjado por uma mulher para acobertar o sumiço de R$ 50 mil da empresa de sua família. Com uma lajota, ela quebrou o vidro de seu carro, revirou o veículo e o deixou abandonado. Depois, passou a noite na casa de seu cabeleireiro, na região metropolitana de Florianópolis. Atrasado para o treino, jogador diz ter sofrido sequestro no Rio Para justificar o atraso no primeiro treino, na reapresentação do Botafogo, no dia 5 de janeiro de 2011, o volante Somália inventou um sequestro relâmpago. O jogador contou que foi abordado quando seguia para o estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro. Mas as imagens do circuito de monitoramento do prédio do atleta ajudaram a polícia a provar que ele estava em casa quando supostamente teria sido sequestrado. Meses depois, o jogador assumiu que foi “moleque” inventando toda a história. Segundo ele, a farsa teria sido contada porque Somália ficou com medo de chegar atrasado por Joel Santana, técnico do clube na época, ser muito exigente. O volante foi condenado a pagar R$ 22 mil à Justiça por conta da falsa comunicação de crime. O dinheiro foi revertido para as vítimas da enchente na região serrana do Rio. Catchup é usado para forjar morte na BA Com uma camisola rasgada, mordaça, uma faca colocada na axila e muito catchup, uma mulher forjou seu assassinato com a ajuda do homem contratado para lhe matar em Pindobaçu, interior da Bahia. Iranildes Aguiar de Araújo, conhecida como Lupita, ainda recebeu R$ 240 dos R$ 1 mil pagos a Carlos Roberto Alves Júnior para que ele a matasse. A autônoma Maria Nilza Simões foi quem contratou Alves para matar Lupita, pois essa teria tirado o marido da rival. Como o matador de aluguel era amigo da futura vítima, no dia 24 de julho de 2011 eles simularam a morte e Carlos levou uma fotografia para a mandante. A farsa foi descoberta dias depois, quando Maria Nilza viu Lupita viva em uma feira em Pindobaçu. Enganada, a mandante comunicou à polícia ter sido roubada, o que iniciou a investigação. Meninas 'sequestradas' jogavam cartas na Bolívia Duas adolescentes moradoras de Brasileia, no Acre, fugiram para a Bolívia e de lá ligaram para os familiares dizendo terem sido sequestradas. As meninas, de 15 e 16 anos, e um rapaz de 21, primo de uma delas, passaram as horas do suposto sequestro em um quarto de hotel jogando cartas. Eles foram descobertos com a ajuda da polícia boliviana após a polícia no Acre rastrear as ligações. O crime foi comunicado na noite do dia 28 de setembro de 2011 e o flagrante ocorreu no dia seguinte. O rapaz de 21 agia como o suposto sequestrador e pedia R$ 8 mil para libertar as jovens. Dias antes de fugir, uma delas furtou R$ 3,2 mil do avô. O dinheiro foi usado pelo trio para comprar roupas e pagar a hospedagem em Cobija. O rapaz ficou preso por extorsão e as meninas foram encaminhadas ao Ministério Público. Falso roubo de ingressos do Rock in Rio Para tentar curtir os shows do Rock in Rio 2011, que ocorreu no fim de setembro e início de outubro, alguns fãs de música estavam registrando falsos roubos de ingressos. No dia 30 de setembro, duas pessoas foram detidas pela falsa comunicação de crime e levadas para a 42ª DP (Recreio). Isso se deu porque, nos primeiros dias de evento, as entradas apreendidas com cambistas eram dadas às pessoas que foram furtadas e ficaram sem ingresso. Mas, conforme o delegado Orlando Zaccone, quem chegava para registrar ocorrência estava sendo advertido, já que o crime de falsa comunicação é inafiançável e a pena pode chegar a oito anos de prisão. Diante disso, muitos desistiram do registro. Meninas inventam sequestro para matar aula em MG Três adolescentes forjaram um sequestro para 'matar' aula em Matozinhos, na região metropolitana de Belo Horizonte, em novembro de 2011. A mãe de uma das garotas acionou a PM após receber um telefonema em que a filha dizia ter sido sequestrada e deixada em cativeiro dentro do porta-malas de um carro com duas amigas. Soldados da 198ª Companhia da PM desconfiaram que o sequestro fosse falso, já que a suposta vítima havia contatado a família com o próprio celular. Após cerca de três horas de buscas, as adolescentes de 12, 13 e 15 anos foram encontradas na MG-424, voltando para casa. Homem tenta matar a mulher e inventa invasão em SC Um homem procurou a delegacia na madrugada do dia 6 de novembro de 2011, em Xanxerê, oeste catarinense, dizendo que sua mulher havia levado um tiro no rosto. Segundo ele, dois homens invadiram a residência do casal e atiraram contra a mulher por conta de uma discussão de trânsito horas antes. Mas a invenção da tentativa de homicídio por uma briga no trânsito durou pouco. A mulher chegou a confirmar a versão do marido aos policiais, mas logo eles perceberam que a arma usada para balear a vítima pertencia ao marido comunicante do suposto crime. Ela então contou que quem disparou contra seu rosto foi seu marido, com quem havia tido uma discussão. Depois disso, ele entregou a arma ao irmão pedindo que guardasse e o irmão então entregou a um amigo, os dois acabaram autuados por porte ilegal e ocultação de arma de fogo. Já o marido que inventou toda a história responderá por falsa comunicação de crime, porte ilegal de arma e lesão corporal culposa. A vítima do disparo passa bem. mais especiais de notícias