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Confira a repercussão da morte de Zilda Arns

13 jan 2010 - 14h37
(atualizado em 14/1/2010 às 16h14)
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A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns, morreu soterrada aos 75 anos após o terremoto de magnitude 7 na escala Richter que atingiu o Haiti nessa terça-feira. Médica pediatra e sanitarista, Zilda estava em missão humanitária em Porto Príncipe, capital haitiana, e sua morte gerou uma série de declarações e homenagens de autoridades brasileiras. Confira as principais:

Fundadora da Pastoral da Criança está entre as vítimas do terremoto
Fundadora da Pastoral da Criança está entre as vítimas do terremoto
Foto: Divulgação

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil - "Transmito meu pesar e minha total solidariedade ao povo haitiano e à família das vítimas brasileiras, civis e militares, em especial à de Zilda Arns, coordenadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa e conselheira do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Que Deus dê conforto a todos nesse momento doloroso."

Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República - "O Brasil deve muito à dra. Zilda Arns. Foi ela que mostrou como é possível, com a ajuda do trabalho voluntário, enfrentar os problemas sociais e reduzir o sofrimento dos mais pobres."

Michel Temer, presidente da Câmara dos Deputados - "A morte de Zilda Arns deixa milhões de órfãos no Brasil. Não só os integrantes de sua família, mas também os muitos filhos adotados por ela em seu trabalho na Pastoral da Criança e na Pastoral do Idoso."

José Sarney, presidente do Senado - "Ela era um exemplo extraordinário de dedicação às crianças, aos pobres e às causas social. Era uma referência."

Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal - "O Supremo Tribunal Federal manifesta profunda consternação ante a dolorosa perda da dra. Zilda Arns, cuja admirável obra em prol de milhões de pessoas de todas as nacionalidades honrou o Brasil e orgulhou os brasileiros."

Nelson Jobim, ministro da Defesa - "Dona Zilda, num sacerdócio que contagiou e mobilizou multidões, tinha em comum com os militares brasileiros da Missão de Paz da ONU, em seus últimos momentos, a voluntariedade na dedicação à tarefa."

Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores - "Sua vida confundiu-se com sua personalidade: combativa, terna e altruísta."

José Serra, governador de São Paulo - "Se tem uma pessoa no Brasil que foi responsável pela queda da mortalidade infantil foi Zilda. Seu trabalho com 150 mil voluntários na Pastoral da Criança foi fundamental para isso."

Roberto Requião, governador do Paraná - "Morreu no Haiti minha amiga Zilda Arns. Decretei três dias de luto oficial. É uma grande perda para o Brasil e dor para os amigos."

Aécio Neves, governador de Minas Gerais - "Na tragédia que atingiu o Haiti, perdemos, todos os brasileiros, uma das nossas mais importantes referências no campo social."

Geddel Vieira Lima, ministro da Integração Nacional - "Que Deus receba a alma dessa grande brasileira. Zilda Arns morreu como viveu, defendendo a crença na justiça social."

Beto Richa, prefeito de Curitiba - "Não existe sensação de perda maior. A humanidade perde com a ausência dela."

Francisco Batista Júnior, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS) - "A dona Zilda tem uma história e um papel político relevante. Ela dedicou a vida aos excluídos com princípios que defendemos, como o da prevenção à saúde."

d. Orlando Sales, arcebispo de Londrina - "Pelo fato da pastoral da criança ter nascido na Arquidiocese de Londrina, dona Zilda tinha um carinho muito especial pela nossa arquidiocese. É uma perda que recebemos com surpresa, mas também com muito reconhecimento e gratidão pela pessoa que ela era."

d. Paulo Evaristo Arns, cardeal arcebispo emérito de São Paulo e irmão de Zilda - "Que nosso Deus em sua misericórdia acolha no céu aqueles que na terra lutaram pelas crianças e pelos desamparados. Não é hora de perder a esperança."

d. Moacyr José Vitti, arcebispo metropolitano de Curitiba - "Mulher corajosa, humana e solidária que com um espírito de fé extraordinária, que levou avante uma missão de salvar a vida de milhares de crianças e mães grávidas em mais de vinte países".

Demóstenes Torres, senador (DEM-GO) - "Zilda Arns é o mais próximo que uma pessoa pode chegar de ser santa."

José Agripino, senador (DEM-RN) - "O País perdeu sua mais inconteste vocação para servir, no anonimato, às causas dos injustiçados."

Osmar Dias, senador (PDT-PR) - "Zilda Arns deixa um exemplo de iniciativa, dedicação e solidariedade para o Brasil e para o mundo."

Luiza Erundina, deputada federal (PSB-SP) - "Ela pagou com a própria vida o seu compromisso de fé. Deixa um exemplo de ação solidária, de amor ao próximo."

Vincent Defourny, representante da Unesco no Brasil - "Hoje o mundo perdeu uma figura generosa que conseguia mobilizar e dar esperanças às pessoas. A Unesco lamenta a perda da dra. Zilda Arns, importante parceira que tanto fez pela infância no Brasil e no mundo."

Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da OAB-SP - "Perdemos uma grande brasileira, que resgatou milhões de vidas dos bolsões de pobreza e miséria no Brasil e no mundo."

Wadih Damous, presidente da OAB-RJ -"Com a morte de Zilda, fundadora e coordenadora das pastorais da Criança e da Pessoa Idosa, o País perde uma de suas maiores lutadoras pelas causas sociais."

Terremoto

Um terremoto de magnitude 7 na escala Richter atingiu o Haiti nessa terça-feira, às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília). Com epicentro a 15 km da capital, Porto Príncipe, segundo o Serviço Geológico Norte-Americano, o terremoto é considerado pelo órgão o mais forte a atingir o país nos últimos 200 anos.

Dezenas de prédios da capital caíram e deixaram moradores sob escombros. Importantes edificações foram atingidas, como prédios das Nações Unidas e do governo do país. No entanto, devido à precariedade dos serviços básicos do país, ainda não há estimativas sobre o número de vítimas fatais nem de feridos. O Haiti é o país mais pobre do continente americano.

Morte de brasileiros

A fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns, e militares brasileiros da missão de paz da ONU morreram durante o terremoto no Haiti.

O ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que o país enviará até US$ 15 milhões para ajudar a reconstruir o Haiti após o terremoto que devastou o país nesta terça-feira. Além dos recursos financeiros, o Brasil doará 28 t de alimentos e água para a população do país. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou oito aeronaves de transporte para ajudar as vítimas.

O Brasil no Haiti

O Brasil chefia a missão de paz da ONU no país (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, ou Minustah, na sigla em francês), que conta com cerca de 7 mil integrantes. Segundo o Ministério da Defesa, 1.266 militares brasileiros servem na força. Ao todo, são 1.310 brasileiros no Haiti.

A missão de paz foi criada em 2004, depois que o então presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto durante uma rebelião. Além do prédio da ONU, o prédio da Embaixada Brasileira em Porto Príncipe também ficou danificado, mas segundo o governo, não há vítimas entre os funcionários brasileiros.

Fonte: Redação Terra
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