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Volume em reservatório volta cair e bate novo recorde em SP

25 mar 2014 - 09h25
(atualizado às 09h27)
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Indicadores do nível de água com marcas onde o nível normalmente ficava, na represa de Jaguari, em São Paulo
Foto: Nacho Doce / Reuters

O volume de água do Sistema Cantareira, em São Paulo, voltou a cair nesta terça-feira, segundo a Sabesp, que registrou mais uma vez o índice mais baixo da história do sistema. De acordo com a empresa, o sistema opera com apenas 14,3% de sua capacidade – nível considerado crítico e que já provocou reações do governo estadual, que já utiliza os sistemas Alto Tietê e Ipiranga para atender 3 milhões de pessoas que estavam recebendo água do Cantareira. A ideia é que uma maior queda no nível da água seja prevenida e não haja racionamento nas cidades.

Os baixos indicadores apontam para a maior crise hídrica do estado de São Paulo, e, segundo reportagem da BBC Brasil, o comitê formado pela Agência Nacional de Águas (ANA), o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) e a Sabesp, estima que o Cantareira se esgotará pela primeira vez em junho deste ano, se nada for feito para combater o problema.

Nesta terça, O Sistema do Alto Tietê registrava 37,9% de sua capacidade e o Sistema Ipiranga operava com 76,5 %. A chuva acumulada nesta segunda-feira no Sistema Cantareira foi de 2,7 mm. Em todo o mês de Março, até agora, choveu 47,4 mm na região dos reservatórios, valor bem abaixo da média histórica, que é de 184,1 mm.

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‘Guerra’ das águas

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) pediu à presidente Dilma Rousseff (PT) autorização para captar água da bacia do rio federal Paraíba do Sul e despejá-la no sistema Cantareira, que opera com o nível mais baixo de sua história.  

Interestadual, o Paraíba do Sul é responsável pelo abastecimento de 15 milhões de pessoas atualmente. O uso de suas águas no abastecimento da Grande São Paulo é discutido há mais de cinco anos e há, inclusive, um projeto de lei na Assembleia paulista sobre o tema. A proposta nunca saiu do papel porque a transposição para as represas do Cantareira sempre enfrentou resistências de técnicos do Rio de Janeiro, onde 10 milhões de pessoas usam água do rio.

A iniciativa do governo paulista foi criticada pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que alegou que a transposição poderia prejudicar o abastecimento de água em seu Estado. Segundo o tucano, porém, a água objeto de discussão entre os dois Estado “é dos paulistas”.  "Quero lembrar ao governador Sérgio Cabral que o rio Jaguari pertence ao Vale do Paraíba, aos paulistas, assim como a baía de Guanabara é dos cariocas", disse Alckmin.

São Paulo e Rio entraram em disputa depois que Alckmin levou para apreciação do governo federal projeto que interliga o sistema Cantareira à bacia do rio Paraíba do Sul, que abastece também Rio e Minas Gerais. "É preciso discutir com seriedade. Nosso projeto não faz transposição nem envolve o Paraíba do Sul. Prevê, isso sim, interligar o reservatório do rio Jaguari ao sistema Cantareira, e não o rio Paraíba do Sul", diz Alckmin.

Na última semana, Cabral disse, no Twitter, que "jamais permitirá que se retire água que abastece o povo fluminense" e que "nada que prejudique o abastecimento das residências e empresas do Estado será autorizado".

Fonte: Terra
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