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Vizinhos de terreno que receberá Papa sofrem abandono do poder público

Nesta sexta-feira , vereadores de comissão criada paraa acompanhar as ações da prefeitura na realização da Jornada visitaram a região

26 abr 2013 - 22h10
(atualizado às 22h17)
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<p>No bairro onde será realizada a missa campal do Papa Francisco, os buracos das vielas no entorno começam a ser tapados</p>
No bairro onde será realizada a missa campal do Papa Francisco, os buracos das vielas no entorno começam a ser tapados
Foto: Mauro Pimentel / Terra

Batizado de "Campos Fidei" (Campo de Fé), o terreno que vai receber o Papa Francisco I e pelo menos dois milhões de peregrinos durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, em julho, tem operários trabalhando dia e noite para garantir o conforto dos fieis que vão participar do maior evento católico do mundo, em Guaratiba (zona oeste). Na região do entorno, no entanto, o contraste é gritante. Uma das ruas por onde devem passar os fiéis tem esgoto a céu aberto e a comunidade Piraquê, vizinha do evento, sofre com infestação de ratos e baratas, além de não ter saneamento básico.

Nesta sexta-feira , vereadores integrantes da Comissão Especial da Câmara de Vereadores, criada para acompanhar as ações da prefeitura na realização da Jornada, visitaram a região. Uma das três principais vias do Campos Fidei - a Estrada da Capoeira Grande - foi asfaltada esta semana depois de pedido dos parlamentares. Já a iluminação e o esgotamento sanitário, por enquanto, continuam inexistentes.

"Não dá para deixar a área onde o Papa vai chegar arrumada e o entorno sem nenhuma infraestrutura. A população que vive aqui (em Guaratiba)  também tem que ser beneficiada  pelo poder público", disparou o presidente da Comissão Especial, Carlo Caiado (DEM). Para ele, o grupo já conseguiu algumas melhorias, como a licitação para instalação da rede de energia elétrica. "Dentro do Campos Fidei, a responsabilidade é da Arquidiocese, mas do lado de fora é tudo com a Prefeitura".

Uma outra conquista da comissão é a dragagem de três canais oriundos do Rio Piraquê, o maior daquela região. Todos estão localizados na comunidade de mesmo nome. De acordo com os parlamentares, a dragagem naquela região é importante, para impedir enchentes nas casas de moradores quando chove.

Apenas uma rua  - a Estrada da Matriz - separa a comunidade de 18 mil habitantes do lugar onde o Papa Francisco I vai chegar de helicóptero para a Missa de Acolhida, no dia 26.

"Ainda temos muito o que discutir também sobre a mobilidade da Jornada. É preciso que estudemos o impacto deste evento em Guaratiba", destaca o vereador Reimont (PT), referindo-se à uma audiência pública marcada para o dia 9 de maio, na Câmara Municipal.

De acordo com ele, a iluminação, ainda inexistente nas ruas que margeiam o terreno da vigília, deve ficar pronta nos próximos meses. A quantia de R$ 1 milhão e 300 mil foi liberada pela prefeitura e uma licitação para contratar uma empresa para instalar rede de energia elétrica já está sendo feita.

Outro pedido de melhoria chegará ao prefeito nos próximos dias. A Estrada da Matriz, outra importante via por onde chegará grande parte dos fiéis,  precisa ser alargada e deve ganhar meio fio. "A via será interditada durante a Jornada, mas também precisa de meio fio. Não dá para continuar esburacada", alertou William Coelho (PMDB). 

Para Reimont (PT), o estabelecimento de saneamento básico é o próximo passo da comissão:

"A pavimentação já chegou. Chegou e encostou o esgoto no canto. Nem só de Jornada Mundial da Juventude vive o povo de Guaratiba. É importante que melhorias sejam feitas para a população local e o saneamento é a principal delas", concluiu.

Jornal do Brasil Jornal do Brasil
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