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vc repórter: orelhões de Curitiba viram ‘catálogo’ de prostituição no PR

20 mai 2013 - 17h47
(atualizado em 9/12/2013 às 13h54)
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<p>Folhetos estampados por garotas de programa estão espalhados pelos orelhões da rua XV de Novembro, no centro de Curitiba</p>
Folhetos estampados por garotas de programa estão espalhados pelos orelhões da rua XV de Novembro, no centro de Curitiba
Foto: Célio Borba / vc repórter

Para os moradores de Curitiba que transitam pela rua XV de Novembro, no centro da cidade, é comum se deparar com telefones públicos cobertos por panfletos com números e fotos de garotas de programa.

Afixados por todo o aparelho, os folhetos se destacam pela quantidade. Segundo o internauta Célio Borba, a divulgação dos “serviços sexuais” é uma prática antiga nos orelhões da rua, trazendo constrangimento e produzindo uma grande quantidade de lixo, já que muitos deles vão parar na calçada.

Procurada pelo Terra, a prefeitura de Curitiba afirmou que a responsabilidade pela manutenção e limpeza dos aparelhos é das empresas proprietárias dos telefones. “Os garis podem, por iniciativa própria, recolher os folhetos dos orelhões, mas a obrigação deles é de limpar as ruas, então eles recolhem os papéis que caem no chão, mas não tem o dever de limpar os telefones”, afirmou a assessoria de imprensa da prefeitura.

A Oi, empresa responsável pelo aparelho fotografado pelo internauta, garantiu manter um “programa permanente de manutenção de seus telefones públicos”, e afirmou que os orelhões da empresa instalados em locais públicos são diariamente alvo de vândalos.

“Só nos três primeiros meses de 2013 foram danificados por atos de vandalismo, em média, 10% dos cerca de 52 mil orelhões instalados no Paraná”, informou a empresa. Segundo a Oi, 91% dos defeitos apresentados nos aparelhos são em razão do vandalismo, além das “pichações e colagem indevida de propagandas nos aparelhos e nas folhas de instrução de uso, que prejudicam o entendimendo das orientações pelos usuários”. A Oi não disse, no entanto, quando pretende realizar uma nova limpeza nos telefones da rua XV de Novembro.

A prefeitura, por sua vez, afirmou que tem intensificado o trabalho para coibir a ação de vândalos, mas que "dificilmente alguém se dispõe a prestar queixa quanto à infração".

A pessoa que for flagrada pela Guarda Municipal colando propagandas deste gênero nos orelhões pode ser presa por vandalismo, caso seja comprovado que estragou ou sujou o telefone. "E também pode ser presa por atentado ao pudor ou ofensa, mas para que essa situação ocorra, é preciso que o responsável pela operadora telefônica preste queixa", complementa a prefeitura. 

O internauta Célio Borba, de Curitiba (PR), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

vc repórter
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