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Cidades

vc repórter: greve paralisa 95% dos ônibus de Osasco

Categoria exige que reajustes de salários e benefícios seja igual aos estabelecidos em São Paulo

21 mai 2014 - 16h46
(atualizado em 22/5/2014 às 15h34)
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<p>Ônibus fora de operação lotam terminal no início da manhã em Osasco</p>
Ônibus fora de operação lotam terminal no início da manhã em Osasco
Foto: Elton Melo / vc repórter

Motoristas e cobradores de ônibus paralisam suas atividades em Osasco desde a última terça-feira. A categoria exige que o índice de reajuste salarial e de aumento em benefícios como ticket-alimentação e PRL (Participação nos Lucros e Resultados) seja igual ao que foi estabelecido para os trabalhadores de São Paulo. Segundo o Sindicato dos Condutores de Osasco e Região (Sincovero), 95% da frota que atende à população está fora de operação.

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Presidente do Sincovero, Antônio Alves afirma que a greve começou a partir de um mal-entendido. Com uma negociação salarial em andamento, as empresas de transporte de Osasco, Embu, Taboão da Serra, Cotia, Carapicuíba e Barueri enviaram uma proposta de reajuste de 8%. Tendo por base o índice estabelecido para São Paulo, de 10%, os trabalhadores rejeitaram acordo. 

De acordo com Antônio, há 25 anos os valores de reajustes nessas cidades são iguais aos que acontecem na capital paulista. “Íamos fazer uma reunião amanhã. Sem aguardar um posicionamento do Sincovero, as empresas soltaram comunicados cravando o reajuste de 8%. Os trabalhadores entenderam que a proposta já havia passado por nós e se revoltaram. Com a greve já deflagrada, nós nos unimos à paralisação”, explicou a liderança sindical. 

Antônio afirma que, quando percebeu a movimentação, enviou ofício a todas as prefeituras das cidades envolvidas. A única que recebeu o sindicato e aceitou algum acordo foi a de Osasco, que ofereceu um subsídio de R$ 0,15 por tarifa paga a cada funcionário, o que, segundo a administração municipal, teria um impacto de cerca de R$ 5 milhões aos cofres públicos no ano. O presidente do Sincovero disse que tentou contato com a EMTU, responsável pelos ônibus intermunicipais, mas também não obteve resposta. “Acho que não acreditaram que ia ter greve”, explicou. 

SP: ônibus fazem fila em avenida durante greve em Osasco:

No momento, cerca de 7 mil trabalhadores estão paralisados. Antônio afirmou que a categoria está muito consciente e espera que o sindicato patronal se manifeste. Segundo o presidente do Sincovero, as empresas alegam que, como não conseguiram aumentar as tarifas de transporte, não têm verba para elevar os salários. No entanto, Antônio garante que igualar as taxas de reajuste às de São Paulo é a única oferta que pode colocar fim à greve. “É lamentável que tenha sido preciso chegar a essa situação. O sindicato não queria. O culpado, mais uma vez, é o governo”, finalizou.

Procurada pelo Terra, a Viação Osasco, uma das empresas afetadas pela greve, afirmou que sua frota circulou normalmente pela manhã. Por volta das 9h, após o início de uma manifestação no Largo de Osasco, recolheu todos os ônibus. A companhia afirma que recebeu a informação de que os veículos seriam depredados. 

Os leitores Elton Melo e Maiko Deizepi, de Osasco (SP), participaram do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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