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vc repórter: cheiro de esgoto invade casas e hospital na BA

De acordo com a Embasa, o mau cheiro é fruto de ligações irregulares feitas pela população em um canal para drenagem de águas da chuva

21 ago 2014 - 18h42
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Moradores e frequentadores da avenida Yolando Fonseca, em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, têm se queixado do mau cheiro vindo de um canal localizado próximo à via, no bairro Jurema. Relatos apontam que o odor invade residências e um hospital. Alvo de críticas, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) afirmou que a atual situação foi provocada pela própria população.

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Além das reclamações a respeito do mau cheiro, parte das queixas dos moradores recai sobre o “empurra-empurra” entre a Embasa e a prefeitura do município diante da questão. A população pede que uma das autoridades assuma a responsabilidade sobre a situação para que se busque uma forma de solucioná-la.

Procurada pelo Terra, a Embasa explicou que, diferente do que os moradores dizem, não se trata de um esgoto a céu aberto. Técnicos da empresa foram enviados ao local e constataram que o canal é uma rede de drenagem de águas pluviais. A causa do odor seriam as ligações clandestinas feitas pelos habitantes da área.

A instituição acrescentou que disponibiliza uma rede coletora para a região e afirmou que os moradores “preferem descartar o esgoto de forma irregular na rede de drenagem”.

<p>O canal foi aberto às margens de uma avenida do bairro Jurema</p>
O canal foi aberto às margens de uma avenida do bairro Jurema
Foto: Anderson Oliveira / vc repórter

Outro fator que contribui para a presença de resíduos de esgoto no canal, segundo a Embasa, é a gordura em excesso lançada pelos açougues no local. A obstrução da rede gera o transbordamento do esgoto, que acaba correndo diretamente para os canais de drenagem.

Citando o decreto estadual 7.765/2000, que regulamenta a lei estadual 7.307/1998, a empresa afirmou que “é obrigação do usuário a ligação da rede interna de esgoto do seu imóvel à rede coletora disponibilizada em via pública. O não cumprimento dessa obrigação configura-se infração sujeita a aplicação de penalidades que vão desde advertência, pagamento de multa até a interrupção do suprimento de água”.

Para reverter o quadro, a Embasa afirmou que seria necessária uma ação conjunta da empresa com a prefeitura municipal e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), órgão ambiental do governo do Estado com poder de autuação. Entretanto, a instituição informou que, até o momento, tal articulação ainda não foi consolidada.

O leitor Anderson Oliveira, de Vitória da Conquista (BA), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.

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