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vc repórter: Blumenau propõe reduzir tarifa pela 2ª vez em uma semana

24 jun 2013 - 11h39
(atualizado às 11h57)
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<p>Prefeito enviou à Câmara projeto para nova redução da tarifa de ônibus em Blumenau</p>
Prefeito enviou à Câmara projeto para nova redução da tarifa de ônibus em Blumenau
Foto: Roberto Meira / vc repórter

O prefeito da cidade catarinense de Blumenau, Napoleão Bernardes (PSDB), anunciou na manhã desta segunda-feira durante coletiva de imprensa que pretende fazer uma nova redução nas tarifas de ônibus. Esta é a segunda vez diminuição no valor das passagens em uma semana.

De acordo com a prefeitura, Bernardes enviou à Câmara Municipal um projeto de isenção do ISS (Imposto Sobre Serviço) às empresas de transporte coletivo. Com a redução dos impostos, a tarifa cai de R$ 2,90 para R$ 2,75. O projeto ainda precisa passar pela aprovação da Câmara para entrar em vigor.

Há uma semana, no dia 17, Blumenau teve a primeira redução no preço das passagens, após o cumprimento de uma liminar que obrigava a cidade catarinense a reduzir em pelo menos R$ 0,12. Bernardes cumpriu a redução, e a tarifa caiu de R$ 3,05 para R$ 2,90.

Mesmo após a primeira a queda no preço das passagens, milhares de pessoas foram às ruas da cidade protestar na quinta-feira e no sábado, embaladas pela onda de manifestações que tomou conta do País.

Neste sábado, cerca de 2 mil manifestantes saíram às ruas em um ato pacífico, que teve como reivindicações a recuperação da margem esquerda do rio Itajaí-Açu e a investigação de fraudes em licitações envolvendo a prefeitura, deflagrada em 2012 com a operação Tapete Negro.

O grupo também protestou contra a Proposta de Emenda Constitucional 37/2011, a chamada PEC 37, que acaba com o poder de investigação do Ministério Público, e pediu a derrubada do projeto de lei que ficou conhecido como "cura gay", proposta que autoriza aos psicólogos a promover tratamentos com o objetivo de "curar" a homossexualidade. O projeto foi aprovado na última terça-feira pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP).

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

O internauta Roberto Meira, de Brumado (BA), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

vc repórter
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