vc repórter: após falha, usuários abandonam trem em SP
Leitora afirmou que um grupo de pessoas se revoltou após a parada do trem a 100 metros da estação USP Leste e atirou pedras contra a cabine do maquinista
Uma falha em um trem da Linha 12 - Safira, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), gerou tumulto na estação USP Leste, na última quarta-feira. Impacientes com a interrupção do trajeto, usuários abandonaram a composição e caminharam pelos trilhos.
A confusão aconteceu por volta das 19h. De acordo com a leitora Arianna Nascimento, às 18h40 a movimentação nos pontos de parada estava maior do que já seria esperado para o horário de pico. “Pouco antes de chegar à estação USP Leste, o maquinista informou que a composição estava com um problema, que seria resolvido na estação Comendador Ermelino. Aí, o trem parou a uns 100 metros, mais ou menos, da estação”, contou.
A leitora afirmou que, após a parada, usuários do vagão em que ela estava acionaram um botão de emergência e abriram as portas do trem. “Todos foram descendo e caminhando até a estação. Mas nem todos os vagões abriram as portas. O primeiro, por exemplo, estava com as portas fechadas. As pessoas gritavam para o maquinista abrir e ele, que é um trabalhador como nós e recebe ordens, disse que não poderia abrir. Foi aí que vândalos começaram a jogar pedras na cabine do maquinista”, relatou. “Havia crianças ali. Colocaram escadas para subirmos para a plataforma. A situação foi normalizando com a chegada da Polícia Militar”, completou.
Procurada pelo Terra, a PM informou que em seus registros consta apenas que houve um tumulto na estação e que um trem teria sido depredado. A autoridade policial disse que, quando seus agentes chegaram ao local, a Polícia Ferroviária já havia resolvido a situação.
Apesar do que foi relatado pela leitora e pela PM, a CPTM negou que tenha havido depredação. A companhia confirmou a falha, mas afirmou que os seguranças estavam presentes e que o tumulto deve ter sido “pontual”. Segundo a empresa, diante das tentativas frustradas do maquinista de religar o trem, os usuários foram instruídos a aguardar no local a chegada dos seguranças, que os transportariam em segurança até a estação.
Quanto ao depoimento de Arianna, a CPTM garantiu que, se as pessoas, de fato, atiraram pedras contra a cabine, não houve qualquer dano à composição ou ao maquinista.
A leitora Arianna Nascimento, de São Paulo (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.