Trens voltam a circular em ramal fechado por protesto no Rio
A SuperVia, concessionária que administra os trens da região metropolitana do Rio de Janeiro, informou que a circulação de trens no ramal de Japeri, na Baixada Fluminense, foi restabelecida às 12h50 desta quarta-feira nos dois sentidos. As estações de Nilópolis e Nova Iguaçu permanecem abertas apenas para desembarque. Nas demais estações do ramal, o funcionamento já foi normalizado.
Segundo a concessionária, por volta das 5h desta quarta-feira, uma pane em um trem no ramal do Japeri causou transtornos e fez os passageiros andarem pelos trilhos. Com a pane, alguns passageiros ficaram irritados e iniciaram um tumulto ao longo do caminho para a Central. O fogo foi iniciado, por volta das 7h40, por um grupo de usuários.
Revoltados com a SuperVia, que se negava a ressarcir o valor da passagem - papéis foram distribuídos para que os passageiros recebessem o dinheiro em até dois dias -, uma multidão se formou para tentar quebrar a estação. Guarnições do 20º Batalhão da PM (Edson Passos) foram chamados para conter as pessoas.
Os militares lançaram bombas de efeito moral e dispararam para o alto, na tentativa de dispersar a multidão. Uma ambulância do Corpo de Bombeiros foi deslocada para atender possíveis feridos no confronto.
A SuperVia também registrou tumultos na estação do Engenho de Dentro e Deodoro, onde usuários também protestaram contra a falta de transporte. Onze pessoas procuraram atendimento médico em razão do tumulto.
A empresa autorizou o embarque gratuito na estação do Japeri até as 10h da manhã de quinta-feira, após um tumulto causado pela pane em um trem a 100 m da estação de Nilópolis, na Baixada Fluminense.
PM quer identificar responsáveis pela pane
O chefe do Estado Maior da Polícia Militar, Coronel Carlos Milan, afirmou nesta quarta-feira, que a corporação vai fazer um relatório, ainda nesta tarde, para apurar responsabilidades pelo tumulto na estação do Japeri.
"Faremos um relatório para apurar as causas deste problema. Que os culpados sejam punidos pelo ocorrido, pois a população não pode continuar passando por isso", disse o Coronel.
Com informações do jornal O Dia