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Tragédia em Santa Maria

Secretaria: cai para 97 nº de internados por incêndio em boate

3 fev 2013 - 20h03
(atualizado às 20h12)
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Diminui para 97 o número de pessoas internadas vítimas do incêndio na boate Kiss, de Santa Maria (RS), segundo boletim deste domingo da Secretaria Estadual da Saúde. O número é diferente do informado pelo Ministério da Saúde pela manhã (101 pacientes). Duzentas e trinta e sete pessoas morreram na tragédia do interior do Estado.

Familiares e amigos durante o velório do jovem Bruno Portella Fricks, 22 anos, no Cemitério Santa Rita, em Santa Maria (RS), neste domingo. Bruno Portella Fricks, 22 anos, uma das vítimas do incêndio na Boate Kiss, estava internado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Familiares e amigos durante o velório do jovem Bruno Portella Fricks, 22 anos, no Cemitério Santa Rita, em Santa Maria (RS), neste domingo. Bruno Portella Fricks, 22 anos, uma das vítimas do incêndio na Boate Kiss, estava internado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Foto: Wesley Santos / Futura Press

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Segundo os dados da secretaria, 50 seguem internados em Porto Alegre (29 com ajuda de ventilação mecânica), três em Canoas, 42 em Santa Maria (seis com ventilação), um em Ijuí e um em Caxias do Sul. O último balanço da Secretaria Estadual da Saúde gaúcho, do sábado, apontava um total 113 pacientes internados. 

A 237ª morte do incêndio da boate Kiss ocorreu na noite de sábado. Trata-se de Bruno Portella Fricks, 22 anos, que estava internado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Fricks se formou em 2012 no curso de Administração na Universidade Federal de Santa Maria e trabalhava na América Latina Logística (ALL). Ele comemoraria neste sábado cinco anos de namoro com Jéssica Duarte. Fricks é o terceiro dos hospitalizados a falecer.

 
INCÊNDIO EM SANTA MARIA

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Incêndio na Boate Kiss

Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada do dia 27 de janeiro, em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo tenha iniciado com um artefato pirotécnico lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.

Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou, foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate, e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.

A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos. A tragédia gerou uma onda de solidariedade tanto no Brasil quanto no exterior.

Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa Maria e da região metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados com apoio de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira). O Ministério da Saúde, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma grande operação de atendimento às vítimas.

Na segunda-feira, quatro pessoas foram presas temporariamente - dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Sphor, conhecido como Kiko, e Mauro Hoffman, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a Polícia Civil investigava documentos e alvarás, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros divergiam sobre a responsabilidade de fiscalização da casa noturna.

A tragédia fez com que várias cidades do País realizassem varreduras em boates contra falhas de segurança, e vários estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 municípios do Rio Grande do Sul cancelaram a programação de Carnaval devido ao incêndio.

Fonte: Terra
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