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Tragédia em Santa Maria

Sanfoneiro da banda que tocava na boate morreu no incêndio

27 jan 2013 - 19h28
(atualizado às 22h30)
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Um dos integrantes da banda que se apresentava no palco quando houve o incêndio na casa noturna Kiss na cidade de Santa Maria(RS) está entre os 232 mortos da tragédia, informou neste domingo um de seus amigos. Trata-se de Danilo Jaques, sanfoneiro da banda Gurizada Fandangueira que estava no palco às 2h30 quando começou o fogo e não conseguiu escapar, segundo seu companheiro, o baterista Eliel de Lima. Jaques foi o único integrante da banda que morreu no incêndio.

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Veja a cronologia do incêndio na Boate Kiss em Santa Maria

O músico publicou em sua página do Facebook que ajudou Jaques a soltar o acordeón para sair do lugar, mas ele não conseguiu sair da discoteca, onde além dos mortos houve 131 feridos. O grupo Gurizada Fandangueira se apresentava com frequência na casa noturna, que na noite anterior estava lotada de estudantes da Universidade Federal de Santa Maria.

Segundo sobreviventes, o incêndio começou quando um dos integrantes da banda acendeu no palco um fogo pirotécnico conhecido como "chuva de prata", cujas faíscas atingiram o revestimento de espuma utilizado como isolante acústico no teto do estabelecimento. "Tudo começou porque utilizaram artefatos pirotécnicos em um lugar fechado. Isso gerou um incêndio e uma fumaça muito tóxica que se expandiu rapidamente", explicou o comandante do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul, coronel Guido de Melo. Segundo Ingrid Goldani, uma das empregadas da casa, a fumaça cobriu todo o local em cerca de três minutos.

Incêndio em casa noturna

Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada deste domingo em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo iniciou com um sinalizador lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.

Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.
 
A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos.

EFE   
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