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Tragédia em Santa Maria

RS: prefeito de Santa Maria depõe nesta sexta-feira sobre tragédia

Incêndio na boate Kiss matou mais de 240 pessoas

8 mar 2013 - 11h15
(atualizado às 11h15)
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Prefeito Cezar Schirmer chegou às 9h na delegacia de Santa Maria para prestar depoimento
Prefeito Cezar Schirmer chegou às 9h na delegacia de Santa Maria para prestar depoimento
Foto: Luiz Roese / Especial para Terra

O prefeito de Santa Maria (RS) depõe nesta sexta-feira à Polícia Civil no inquérito que investiga a tragédia na boate Kiss que matou mais de 240 pessoas. Cezar Schirmer (PMDB) chegou às 9h na delegacia. A intenção é saber o que o chefe do Executivo tem a dizer sobre a liberação de alvarás e a fiscalização de estabelecimentos comerciais na cidade.

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 O depoimento de Schirmer será uma espécie de contraponto às declarações do presidente do Sindicato dos Municipários de Santa Maria, Cilon Regis Corrêa, que depôs na terça-feira e criticou a "falta de comando" na prefeitura. Ele ainda mencionou a falta de treinamento para identificar situações de risco e a ausência de uma rotina de fiscalização aos estabelecimentos em geral. "A fiscalização só age quando recebe uma denúncia", disse Corrêa.

Incêndio na Boate Kiss

Na madrugada do dia 27 de janeiro, um incêndio deixou mais de 230 mortos em Santa Maria (RS). O fogo na Boate Kiss começou por volta das 2h30, quando um integrante da banda que fazia show na festa universitária lançou um artefato pirotécnico, que atingiu a espuma altamente inflamável do teto da boate.

Com apenas uma porta de entrada e saída disponível, os jovens tiveram dificuldade para deixar o local. Muitos foram pisoteados. A maioria dos mortos foi asfixiada pela fumaça tóxica, contendo cianeto, liberada pela queima da espuma.

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Os mortos foram velados no Centro Desportivo Municipal, e a prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias. A presidente Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde prestou solidariedade aos parentes dos mortos.

Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa Maria e da região metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados com apoio de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira). O Ministério da Saúde, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma grande operação de atendimento às vítimas.

Quatro pessoas foram presas temporariamente - dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a Polícia Civil investiga documentos e alvarás, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros divergem sobre a responsabilidade de fiscalização da casa noturna.

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A tragédia fez com que várias cidades do País realizassem varreduras em boates contra falhas de segurança, e vários estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 municípios do Rio Grande do Sul cancelaram a programação de Carnaval devido ao incêndio.

No dia 25 de fevereiro, foi criada a Associação dos Pais e Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia da Boate Kiss em Santa Maria. A intenção é oferecer amparo psicológico a todas as famílias, lutar por ações de fiscalização e mudança de leis, acompanhar o inquérito policial e não deixar a tragédia cair no esquecimento.

Fonte: Terra
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