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Tragédia em Santa Maria

RS: polícia deve fazer acareações entre testemunhas e presos

23 fev 2013 - 09h06
(atualizado às 09h11)
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<p>Sócios da Kiss, Mauro (E) e Kiko devem ser colocados frente a frente com testemunhas e integrantes de banda</p>
Sócios da Kiss, Mauro (E) e Kiko devem ser colocados frente a frente com testemunhas e integrantes de banda
Foto: Nabor Goulart/Agência Freelancer/Facebook / Reprodução

A Polícia Civil deve colocar frente a frente testemunhas do incêndio em Santa Maria (RS) e os quatro presos temporariamente pela tragédia - os sócios da boate Kiss, Elissandro Spohr, o Kiko, e Mauro Hoffmann, o Maurinho, e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, o produtor Luciano Augusto Bonilha Leão e o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos. O objetivo é confrontar os depoimentos para esclarecer informações contraditórias. A data para as acareações ainda não foram definidas, mas o prazo final para a conclusão do inquérito é 3 de março. As informações foram publicadas no jornal Zero Hora

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Se ocorrerem de fato, as acareações serão entre Kiko e o produtor Bonilha Leão; entre Kiko e o engenheiro Miguel Ângelo Pedroso, entre os integrantes da banda e testemunhas e entre os sócios e testemunhas. O objetivo da Polícia Civil é confrontar os depoimentos para esclarecer informações contraditórias. Até a tarde de sexta-feira, cerca de 350 pessoas já tinham sido ouvidas pela polícia. A expectativa dé que esse número passe de 500 até a conclusão do inquérito. Ontem, prestaram depoimento vítimas, bombeiros e fiscais da prefeitura. A partir de segunda-feira, devem falar a atual secretária de Finanças (pasta que emite o alvará de localização), Ana Beatriz Barros, e o ex-secretário de Controle e Mobilidade Urbana e atual presidente da Câmara de Vereadores, Marcelo Bisogno.

Incêndio na Boate Kiss

Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada do dia 27 de janeiro, em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo tenha iniciado com um artefato pirotécnico lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.

Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou, foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate, e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.

INCÊNDIO EM SANTA MARIA

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A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos. A tragédia gerou uma onda de solidariedade tanto no Brasil quanto no exterior.

Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa Maria e da região metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados com apoio de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira). O Ministério da Saúde, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma grande operação de atendimento às vítimas.

Na segunda-feira, quatro pessoas foram presas temporariamente - dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a Polícia Civil investigava documentos e alvarás, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros divergiam sobre a responsabilidade de fiscalização da casa noturna.

A tragédia fez com que várias cidades do País realizassem varreduras em boates contra falhas de segurança, e vários estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 municípios do Rio Grande do Sul cancelaram a programação de Carnaval devido ao incêndio.

Fonte: Terra
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