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Tragédia em Santa Maria

RS: número de pacientes com ventilação mecânica cai para 21

6 fev 2013 - 15h42
(atualizado às 15h43)
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O número de pacientes vítimas do incêndio em Santa Maria que precisam de ventilação mecânica para respirar passou de 23 para 21. O balanço foi divulgado na tarde desta quarta-feira pela Secretaria Estadual da Saúde, com dados da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Regulação do Estado. 

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O total de internados também diminuiu para 75, divididos em quatro cidades gaúchas. Nas últimas 24 horas, seis pacientes receberam alta: cinco em Santa Maria (um do Caridade, um do São Francisco e três do Universitário) e um em Porto Alegre (da Santa Casa de Misericórdia). 

Segundo a secretaria, 45 pacientes estão hospitalizados na capital gaúcha (20 com ventilação mecânica), 26 pacientes em Santa Maria (um com ventilação mecânica), três em Canoas e um em Caxias do Sul.  

Ontem foi registrada a 238ª morte por causa da tragédia na boate Kiss. A vítima foi um jovem de 20 anos - que não teve a identidade divulgada a pedido da família -, e que estava internado no complexo da Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre. 

 
INCÊNDIO EM SANTA MARIA

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Incêndio na Boate Kiss

Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada do dia 27 de janeiro, em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo tenha iniciado com um artefato pirotécnico lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.

Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou, foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate, e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.

A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos. A tragédia gerou uma onda de solidariedade tanto no Brasil quanto no exterior.

Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa Maria e da região metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados com apoio de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira). O Ministério da Saúde, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma grande operação de atendimento às vítimas.

Na segunda-feira, quatro pessoas foram presas temporariamente - dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Sphor, conhecido como Kiko, e Mauro Hoffman, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a Polícia Civil investigava documentos e alvarás, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros divergiam sobre a responsabilidade de fiscalização da casa noturna.

A tragédia fez com que várias cidades do País realizassem varreduras em boates contra falhas de segurança, e vários estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 municípios do Rio Grande do Sul cancelaram a programação de Carnaval devido ao incêndio.

Fonte: Terra
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