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Tragédia em Santa Maria

RS: investigação de incêndio solicita novas imagens da prefeitura

20 mar 2013 - 09h26
(atualizado às 09h26)
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A Polícia Civil que investiga o incêndio na boate Kiss vai solicitar à prefeitura de Santa Maria (RS) as imagens no prédio durante o período de 27 de janeiro a 5 de fevereiro. A intenção é descobrir se alguma pessoa retirou indevidamente documentos referentes à casa noturna – testemunhas ouvidas informalmente por delegados afirmam que isso aconteceu, e o sumiço da papelada teria por objetivo ocultar a falta de fiscalização da boate por parte de servidores municipais. Uma das hipóteses levantadas pelo inquérito policial é que a Kiss tinha graves problemas de segurança por não ter sido fiscalizada corretamente. As informações foram publicadas no jornal Zero Hora

Depois e 35 dias fechadas, as boates de Santa Maria começaram a reabrir no sábado
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Foto: Luiz Roese / Especial para Terra

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Imagens do sistema de videomonitoramento da prefeitura foram entregues no dia 15 pelo secretário municipal de Comunicação, Giovani Mânica. Na terça-feira, a entrega foi formalizada (a prefeitura entregou um ofício à polícia). O delegado Marcos Vianna solicitou oficialmente o conteúdo das câmeras no período mais amplo, e a Guarda Municipal respondeu o ofício, garantindo que as imagens serão entregues. A promessa é de que serão repassados vídeos do período solicitado.

Incêndio na Boate Kiss

Na madrugada do dia 27 de janeiro, um incêndio deixou mais de 240 mortos em Santa Maria (RS). O fogo na Boate Kiss começou por volta das 2h30, quando um integrante da banda que fazia show na festa universitária lançou um artefato pirotécnico, que atingiu a espuma altamente inflamável do teto da boate.

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Com apenas uma porta de entrada e saída disponível, os jovens tiveram dificuldade para deixar o local. Muitos foram pisoteados. A maioria dos mortos foi asfixiada pela fumaça tóxica, contendo cianeto, liberada pela queima da espuma.

Os mortos foram velados no Centro Desportivo Municipal, e a prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias. A presidente Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde prestou solidariedade aos parentes dos mortos.

Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa Maria e da região metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados com apoio de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira). O Ministério da Saúde, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma grande operação de atendimento às vítimas. 

Quatro pessoas foram presas temporariamente - dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a Polícia Civil investiga documentos e alvarás, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros divergem sobre a responsabilidade de fiscalização da casa noturna.

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A tragédia fez com que várias cidades do País realizassem varreduras em boates contra falhas de segurança, e vários estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 municípios do Rio Grande do Sul cancelaram a programação de Carnaval devido ao incêndio.

No dia 25 de fevereiro, foi criada a Associação dos Pais e Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia da Boate Kiss em Santa Maria. A intenção é oferecer amparo psicológico a todas as famílias, lutar por ações de fiscalização e mudança de leis, acompanhar o inquérito policial e não deixar a tragédia cair no esquecimento.

Fonte: Terra
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