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Tragédia em Santa Maria

RS: dono da boate Kiss deve receber alta nesta terça-feira

5 fev 2013 - 10h09
(atualizado às 10h10)
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De acordo com a Brigada Militar de Cruz Alta, Elissandro Spohr, mais conhecido como Kiko, deve receber alta nesta terça-feira. Um dos donos da boate Kiss, onde ocorreu o incêndio que vitimou 237 pessoas, Kiko está sob custódia no hospital Cruz Alta desde o último dia 28. Além dele, o sócio-proprietário Mauro Hoffmann, e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira - o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor Luciano Augusto Bonilha Leão - tiveram a prisão temporária prorrogada por 30 dias no dia 1º de fevereiro. 

Câmara presta homenagem às vítimas de tragédia em Santa Maria:

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Infográfico: Veja como a inalação de fumaça pode levar à morte

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A delegada Lylian Carús, da Delegacia de Cruz Alta, onde o empresário deverá se apresentar após receber alta, disse que também aguardava a alta para esta terça-feira. Porém, explicou que o advogado de Kiko, Jader Marques, informou-a que a previsão é que o empresário saia do hospital somente amanhã pela manhã. 

No final da tarde de ontem, o advogado entrou com um pedido de relaxamento da prisão de Kiko. A solicitação deverá ser avaliada pelo Ministério Público e somente depois o juiz deverá dar o seu parecer. Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do RS, a defesa do produtor Luciano Leão também pediu relaxamento de prisão. 

INCÊNDIO EM SANTA MARIA

Entenda detalhes de como aconteceu a tragédia em Santa Maria, na região central do RS, que chocou o País e o mundo e como era a Boate Kiss por dentro

Incêndio na Boate Kiss
Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada do dia 27 de janeiro, em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo tenha iniciado com um artefato pirotécnico lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.
 
Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou, foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate, e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.
 
A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos. A tragédia gerou uma onda de solidariedade tanto no Brasil quanto no exterior.
 
Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa Maria e da região metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados com apoio de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira). O Ministério da Saúde, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma grande operação de atendimento às vítimas.
 
Na segunda-feira, quatro pessoas foram presas temporariamente - dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Sphor, conhecido como Kiko, e Mauro Hoffman, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a Polícia Civil investigava documentos e alvarás, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros divergiam sobre a responsabilidade de fiscalização da casa noturna.
 
A tragédia fez com que várias cidades do País realizassem varreduras em boates contra falhas de segurança, e vários estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 municípios do Rio Grande do Sul cancelaram a programação de Carnaval devido ao incêndio.
 
 

Fonte: Terra
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