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Tragédia em Santa Maria

RS: advogado pede revogação de prisão de sócio da Boate Kiss

28 jan 2013 - 19h36
(atualizado às 19h43)
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O advogado Mário Cipriani, que representa o sócio da Boate Kiss Mário Hoffmann, pediu nesta segunda-feira que a Polícia Civil solicite a revogação da prisão temporária de seu cliente. O defensor ainda não entrou com pedido de habeas-corpus por entender que Hoffmann já prestou os esclarecimentos necessários para as investigações.

Dezenas de vítimas do incêndio da Boate Kiss foram enterradas em cemitérios de Santa Maria e região
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Foto: Fernando Borges / Terra

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“Já fizemos um pedido junto ao delegado para que oficie ao juiz para a revogação dessa prisão. Entendemos que o Mauro já prestou esclarecimentos e tem residência fixa. É o momento de aguardar a finalização do inquérito”, disse Cipriani.

A prisão de Hoffmann é temporária, de cinco dias, prática realizada para a polícia produzir provas para as investigações. Havia a suspeita de que o sócio da boate estaria envolvido em retirada de câmeras do circuito interno de televisão do estabelecimento. “A questão das câmeras já foi descartada pela própria polícia. Não houve retirada de equipamentos”, disse o advogado, que nega a ingerência de seu cliente sobre a boate: “ele não tinha poderes de administração, era só um acionista”.

INCÊNDIO EM SANTA MARIA

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O sócio de Hoffmann, Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, também foi detido para prestar esclarecimentos. O advogado de Sphor afirma que seu cliente desconhecia que seria utilizado um sinalizador durante o show da banda Gurizada Fandangueira, motivo do incêndio que provocou 231 mortes na madrugada de domingo.

Incêndio na Boate Kiss

Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada deste domingo em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo iniciou com um sinalizador lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.

Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.

A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos.

Fonte: Terra
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