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Tragédia em Santa Maria

Polícia busca registro de caixa para ver quantos estavam em boate

29 jan 2013 - 14h19
(atualizado às 15h46)
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A polícia investiga se foram ocultadas provas do incêndio em Santa Maria (RS), onde mais de 230 pessoas morreram. As autoridades suspeitam que a Boate Kiss estava superlotada no momento do acidente, e busca o registro de caixa, que permitiria comprovar quanta gente estava presente no local na hora do acidente. Além disso, investigam o suposto desaparecimento de um computador que armazenava imagens das câmeras de segurança.

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"O incêndio foi provocado pelo uso de sinalizadores em um local fechado, porque havia muita gente no local e porque houve portas trancadas no momento da evacuação", afirmou o major Gerson da Rosa Pereira, do Corpo de Bombeiros de Santa Maria.

"As câmeras de segurança não estavam no local, não havia nenhum computador com armazenamento de dados", disse a promotora Veruska Agostine. Para Veruska e seu colega Joel Oliveira Dutra, responsáveis pelo caso, o fato de os donos da boate não terem fornecido estas imagens à polícia é muito grave. Os proprietários declararam que o sistema de vigilância não funcionava há dois meses.

INCÊNDIO EM SANTA MARIA

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Incêndio na Boate Kiss
Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada deste domingo em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo iniciou com um sinalizador lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.
 
Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.
 
A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos.
 

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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