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Tragédia em Santa Maria

Padilha contata bancos de pele da América Latina após incêndio

28 jan 2013 - 07h57
(atualizado às 10h03)
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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou na manhã desta segunda-feira que deixou de sobreaviso bancos de pele do Brasil e de países vizinhos para atender casos de queimados com gravidade do incêndio da boate Kiss, em Santa Maria. Padilha já entrou em contato com ministros da Argentina, Uruguai e Peru para o caso de faltar material humano para reconstituição de vítimas. 
 
 
“Se for necessário, vamos trazer banco de pele de outros países”, disse Padilha. Casos de queimados graves são minoria dentre as vítimas do incêndio. “Das 300 pessoas que passaram nos hospitais, menos de 20% são queimados”, destacou o ministro.
 
O ministro disse que devem ser transferidos na manhã desta segunda mais sete pacientes com objetivo de liberar leitos de UTI para pessoas que não estavam internadas e venham a apresentar problemas respiratórios. Atualmente, Santa Maria possui 17 leitos de UTI liberados para atender pacientes. 
 
“Na última noite, quatro ou cinco pacientes deram entrada nos hospitais e estão em ventilação mecânica. Estamos em estado de alerta nos próximos dias”, disse o ministro. “É muito comum em situações com essa em dois ou três dias surgir sinais de falta de ar e tosse”, salientou.
 
Dos 82 internados em Santa Maria, 40 respiram com ventilação mecânica, casos considerados graves. Outros 39 foram removidos para hospitais de Porto Alegre, Canoas e Ijuí. O ministro ressaltou que não houve mortes na madrugada desta segunda-feira, permanecendo o total de 231 mortes.

 

Incêndio na Boate Kiss 

Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada deste domingo em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo iniciou com um sinalizador lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária. 

Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.

A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos.

 

Fonte: Terra
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