PUBLICIDADE

'É difícil não ter conhecido entre as vitimas', diz universitária

27 jan 2013 - 10h35
(atualizado às 17h46)
Compartilhar
Exibir comentários

Para os moradores da cidade de Santa Maria, a 324 km de Porto Alegre, é difícil alguém não ter algum conhecido entre as vítimas do incêndio que matou ao menos 180 pessoas, na madrugada deste domingo na cidade. Os familiares tem ido primeiro aos hospitais, na esperança de encontrar a vítima com vida, e depois ao ginásio para onde estão sendo levados os corpos.

Muita fumaça saiu da bota durante o incêndio
Muita fumaça saiu da bota durante o incêndio
Foto: Reprodução

Está em Santa Maria? Envie fotos, vídeos e relatos da tragédia

"Tem uma amiga da minha irmã que está desaparecida, uma amiga do meu irmão também", afirmou a estudante de jornalismo Michelle Falcão, pouco antes de dizer que "vai ser impossível que alguém na cidade não tenha algum conhecido entre as vítimas. Era muita gente, essa boate estava tento uma festa universitária. Estão dizendo que a casa tinham cerca de 3 mil pessoas, mas acho que eram umas 2,5 mil', afirma.

Em frente ao ginásio para onde estão sendo levados os corpos, o clima é de muito desespero, a medida que os familiares chegam o local para identificar os corpos. Nos hospitais locais, para onde estão sendo levadas as vítimas, familiares levam fotos em busca de informações.

"Tem muita gente desesperada e chorando. Os hospitais também estão cheios de pessoas que procuram os enfermeiros com fotos dos parentes desaparecidos", relata Michelle.

Incêndio em casa noturna
Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada deste domingo em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo iniciou com um sinalizador lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.
 
Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.
 
A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade