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Tragédia em Santa Maria

Delegados apresentarão na Câmara resultados de investigação da Kiss

Marcelo Arigony e Sandro Meinerz participarão na próxima quarta-feira de audiência pública promovida por comissão da Câmara

27 mar 2013 - 17h40
(atualizado às 17h46)
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<p>Delegado Marcelo Arigony, respons&aacute;vel pelas investiga&ccedil;&otilde;es do inc&ecirc;ndio na Boate Kiss, participar&aacute; de audi&ecirc;ncia na C&acirc;mara</p>
Delegado Marcelo Arigony, responsável pelas investigações do incêndio na Boate Kiss, participará de audiência na Câmara
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

Os delegados Marcelo Arigony e Sandro Meinerz, responsáveis pelo inquérito do incêndio na Boate Kiss, participarão na próxima semana de uma audiência na comissão da Câmara que acompanha os desdobramentos da tragédia que matou 241 pessoas em Santa Maria (RS). Na próxima quarta-feira, os delegados apresentarão aos deputados os resultados das investigações que levaram ao indiciamento de 16 pessoas e à responsabilização de outras 12, incluindo o prefeito do município, Cezar Schirmer (PMDB).

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No dia anterior, os deputados federais ouvirão o advogado Jader Marques, que defende Elissandro Spohr, o Kiko, um dos sócios da Boate Kiss. Segundo o coordenador da comissão especial, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), as audiências públicas devem se estender ainda durante o mês de abril.

Após esse período, a comissão irá apresentar, em maio, um projeto de legislação federal que padronize as regras de segurança que regem o funcionamento de casas noturnas e locais de grandes eventos. O projeto estabelecerá as exigências mínimas a serem observadas pelas leis estaduais e municipais. Segundo Pimenta, já na próxima semana será finalizada uma primeira versão do projeto.

Incêndio na Boate Kiss

Na madrugada do dia 27 de janeiro, um incêndio deixou 241 mortos em Santa Maria (RS). O fogo na Boate Kiss começou por volta das 2h30, quando um integrante da banda que fazia show na festa universitária lançou um artefato pirotécnico, que atingiu a espuma altamente inflamável do teto da boate.

Com apenas uma porta de entrada e saída disponível, os jovens tiveram dificuldade para deixar o local. Muitos foram pisoteados. A maioria dos mortos foi asfixiada pela fumaça tóxica, contendo cianeto, liberada pela queima da espuma.

Os mortos foram velados no Centro Desportivo Municipal, e a prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias. A presidente Dilma Rousseff interrompeu uma viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde prestou solidariedade aos parentes dos mortos.

Os feridos graves foram divididos em hospitais de Santa Maria e da região metropolitana de Porto Alegre, para onde foram levados com apoio de helicópteros da FAB (Força Aérea Brasileira). O Ministério da Saúde, com apoio dos governos estadual e municipais, criou uma grande operação de atendimento às vítimas. 

Quatro pessoas foram presas temporariamente - dois sócios da boate, Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, e Mauro Hoffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos. Enquanto a Polícia Civil investiga documentos e alvarás, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros divergem sobre a responsabilidade de fiscalização da casa noturna.

A tragédia fez com que várias cidades do País realizassem varreduras em boates contra falhas de segurança, e vários estabelecimentos foram fechados. Mais de 20 municípios do Rio Grande do Sul cancelaram a programação de Carnaval devido ao incêndio.

No dia 25 de fevereiro, foi criada a Associação dos Pais e Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia da Boate Kiss em Santa Maria. A intenção é oferecer amparo psicológico a todas as famílias, lutar por ações de fiscalização e mudança de leis, acompanhar o inquérito policial e não deixar a tragédia cair no esquecimento.

Fonte: Terra
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