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Tragédia em Santa Maria

Delegado detalha linha de investigação após tragédia no RS

28 jan 2013 - 11h38
(atualizado às 11h42)
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O chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegado Ranolfo Vieira Junior, detalhou nesta segunda-feira as três etapas da linha de investigação que será utilizada para apurar o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS). O incidente matou mais de 230 pessoas na madrugada de domingo.

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Segundo o delegado Ranolfo, a polícia investigará o caso em três fases. A primeira parte diz respeito às "provas documentais" - "ver se esse estabelecimento estava apto a funcionar, quem são os proprietários formais desse estabelecimento", disse ele, em entrevista coletiva concedida na 1ª Delegacia de Polícia de Santa Maria.

A segunda etapa, de acordo com o delegado Ranolfo, é analisar o material coletado pelo Instituto Geral de Perícias. O trabalho dos técnicos será determinante, segundo ele, para apontar o que causou o incêndio, qual era a lotação máxima da casa e o funcionamento da saída de emergência.

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A terceira, que o chefe de polícia descreveu como "muito importante", analisará as provas testemunhais. "A partir de hoje, vamos concentrar esforços ao máximo para ouvir as pessoas que se encontravam lá no estabelecimento", disse.

O delegado reafirmou que a investigação utilizará redes sociais na internet, como o Facebook e o Twitter, para procurar por pessoas que estivessem na boate e tenham detalhes para contar à polícia. "Várias pessoas postaram mensagens dizendo que lá estavam. Está sendo feita uma triagem dessas pessoas para que elas tragam à polícia seus relatos", disse o chefe de polícia.

Incêndio na Boate Kiss

Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada deste domingo em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo iniciou com um sinalizador lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.

Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.

A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos.

Fonte: Terra
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