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Tragédia em Santa Maria

Cemitério de Santa Maria usa retroescavadeira para abrir covas

27 jan 2013 - 22h11
(atualizado às 22h17)
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Em um dos cemitérios localizados na cidade de Santa Maria (RS), onde um incêndio matou mais de 230 pessoas, na madrugada deste domingo, pelo menos 12 vítimas eram veladas na noite de hoje. O local teve que contratar mais funcionários e está usando uma retroescavadeira para abrir as covas.

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"Os enterros devem acontecer logo pela manhã, a partir das 7h, agora pela noite, estão sendo realizados os velórios", disse o proprietário do cemitério Santa Rita de Cássia, Aliseu Cassol. Centenas de pessoas se aglomeram no local em busca da oportunidade de dar um último adeus para seus entes queridos que se foram e uma das maiores tragédias do País.

Cassol se diz chocado com o que aconteceu. "nunca vi coisa igual na minha vida, nunca imaginei que isso pudesse acontecer", afirmou. Para atender à grande demanda, ele teve que convocar, inclusive, os funcionários que estavam de férias e contar com a ajuda de parentes. "Chamei parentes para me ajudar, porque era muito trabalho para a equipe que nós tínhamos", disse.

Incêndio na Boate Kiss

Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada deste domingo em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo iniciou com um sinalizador lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.

Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.

A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos.

Fonte: Terra
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