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TJ nega liberdade a funcionário da USP preso em manifestação

Decisão sai um dia antes de a prisão completar um mês; foi a segunda negativa ao pedido de liberdade; Tribunal também decretou segredo de justiça no processo

22 jul 2014 - 13h20
(atualizado às 14h25)
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<p>Ato em desagravo de Fábio Harano lotou Faculdade de Direito da USP semana passada</p>
Ato em desagravo de Fábio Harano lotou Faculdade de Direito da USP semana passada
Foto: Janaina Garcia / Terra

O Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou pela segunda vez o pedido de liberdade do aluno e funcionário da Universidade de São Paulo (USP) Fábio Hideki Harano, 27 anos, preso no último dia 23 após uma manifestação contra os gastos na Copa na avenida Paulista.

Na decisão, apresentada nesta terça, o TJ também decretou segredo de justiça no processo, e, por essa razão, não divulgou o teor da decisão,nem se a medida foi requerida por alguma das partes ou se foi de ofício.

O agravo regimental ingressado pela defesa de Harano contra a prisão preventiva foi julgado pela 3ª Câmara Criminal, que manteve a negativa já concedida na análise do pedido de liminar. O mesmo processo aguarda julgamento de pedido de habeas corpus.

Suspeito de portar material explosivo, Harano foi indiciado por associação para o crime e se encontra na Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba. Além dele, também foi preso na mesma manifestação o administrador de empresas Rafael Lusvarghi, 29 anos.

O advogado de Harano, Luiz Eduardo Greenhalgh, não foi encontrado para comentar o assunto. Semana passada, em ato promovido pelo Sindicato dos Funcionários da USP na Faculdade de Direito da instituição, o advogado definira: "O Fábio é uma espécie de bode expiatório, foi preso como resposta da polícia às manifestações do ano passado. É uma prisão política, porque, diferentemente do que afirma a Secretaria de Segurança Pública do Estado, não é, nem nunca foi black bloc - foi preso fora do ato”, declarou Greenhalg, na ocasião. 

Na mesma manifestação em que os dois rapazes foram presos, um policial civil atirou para o alto com uma arma de fogo próximo de um grupo de manifestantes. Segundo o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, a ação do policial foi de “advertência, em uma ação legítima, como é a legítima defesa”.

Juiz aceita denúncia

O processo de Lusvarghi, que também está preso em Tremembé, teve a última movimentação no TJ no dia 11 deste mês, com a remessa ao Ministério Público para emissão de parecer pela soltura. A defesa do jovem é feita pela Defensoria Pública do Estado.

Nessa segunda, o juiz da 10ª Vara Criminal Central, Marcelo Matias Pereira, recebeu a denúncia contra Harano e Lusvargh e pediu à Polícia Civil a remessa imediata dos laudos requisitados na fase de inquérito.

Fonte: Terra
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