PUBLICIDADE

Cidades

SSP promete novo modelo de policiamento na USP para setembro

Campus tem sido palco de assaltos violentos e, mais recentemente, do estupro de uma aluna; secretário fala em "policiamento comunitário"

23 jul 2015 - 19h52
(atualizado em 24/7/2015 às 07h55)
Compartilhar
Exibir comentários

Após uma série de assaltos seguidos de agressões às vítimas, e, mais recentemente, o estupro de uma estudante de 17 anos, o policiamento no campus da Universidade de São Paulo (USP) passará por mudanças bruscas a partir de setembro. De acordo com o secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, um modelo de policiamento comunitário está em fase final de implantação e deve ser apresentado aos diretórios acadêmicos mês que vem, após o recesso escolar.

O estupro da jovem aconteceu no último dia 15 de junho, perto das 18h, em uma área próxima à reitoria, mas só foi denunciado à polícia duas semanas depois.

Casos de violência têm colocado a USP também no noticiário policial, nos últimos meses
Casos de violência têm colocado a USP também no noticiário policial, nos últimos meses
Foto: BBCBrasil.com

Siga o Terra Notícias no Twitter

De acordo com o secretário, a discussão sobre o novo formato de policiamento vem sendo discutida desde janeiro com o reitor da USP, Marco Antônio Zago, e com o coordenador da Comissão de Direitos Humanos da instituição, José Gregori. Há um mês, a USP admitiu ao Terra, após relatos de assaltos violentos sofridos por alunos, no campus, que os estudos por um novo modelo de policiamento estavam em andamento junto com a SSP.

“Já há policiamento na Cidade Universitária, mas desde o momento em que assumi, na segunda semana de janeiro, me reuni com o reitor, até porque sou professor na USP, e acho importante alterar a forma de policiamento lá para um policiamento comunitário. Isso está sendo discutido também com a comissão de Direitos Humanos; fechamos o plano e ficamos de, passando as férias, a partir de agosto, nos reunir com os diretórios acadêmicos para mostrar para os alunos”, declarou o secretário. “O sucesso desse formato de policiamento depende muito da adesão da comunidade, e temos absoluta certeza que os diretórios perceberão isso”, disse.

Ainda conforme o titular da SSP, nas conversas com Zago foi apresentada a parte que caberia à USP para auxiliar no novo modelo. “O reitor indagou o que seria importante para auxiliar na segurança na Cidade Universitária, então citamos as câmeras de vídeo-monitoramento e demos toda a especificação técnica para que eles licitassem os equipamentos, que ficarão diretamente ligadas no Copom, da PM. Já estão em fase licitação para que neste segundo semestre atuem juntamente com o policiamento comunitário – tenho absoluta certeza que esse será um case mundial em termos de universidades”, declarou o secretário, para quem a iniciativa deverá ser estendida “para todos os campi de universidades públicas estaduais”.

A proposta é que a PM da USP seja alocada em um batalhão específico para a Cidade Universitária – hoje, as ocorrências pertencem ao 16º BPMM (Batalhão de Polícia Militar Metropolitano/ 1ª Companhia), responsável pelo policiamento ostensivo na região que inclui a USP, e não apenas, portanto, na Cidade Universitária.

Terror no campus da USP: veja relatos de violência no campus:

Números da segurança no campus

Atualmente, as áreas comuns da instituição contam com um esquema de segurança do qual participam 47 guardas universitários, “distribuídos em três turnos que cobrem as 24 horas do dia, sete dias por semana”, segundo a USP. Há ainda cerca de 600 postos de vigilantes terceirizados, distribuídos por todo o campus (dentro e fora das unidades) e 2.400 vigias.

Dados da PM do mês passado à reportagem apontaram que hoje o patrulhamento no campus é efeito por 20 policiais espalhados em duas equipes de radiopatrulha com duas motocicletas, duas viaturas, uma base comunitária móvel e um trailer.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade