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Polícia

SSP elogia PM e vai apurar agressões a jornalistas em protesto

24 fev 2014 - 11h01
(atualizado às 13h58)
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O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella, classificou a operação da Polícia Militar na manifestação do último sábado como “exitosa” e disse que irá apurar eventuais erros e excessos nas agressões contra jornalistas e manifestantes. A manifestação - acompanhada desde o início por um contingente de mil policiais, dentre os quais, homens da "Tropa do Braço", com treinamento em artes marciais - terminou com saldo de pelo menos oito feridos, dentre os quais cinco policiais, dois manifestantes e o fotógrafo do Terra Bruno Santos.

“Acho, no geral, que houve emprego reduzido de força, tanto que tivemos um número menor de feridos quando comparado a outras manifestações. A orientação não é agredir jornalista. Jornalistas e polícia compartilham o mesmo espaço. Todas as situações individuais serão objetos de inquérito. Queremos que eles (repórteres agredidos) compareçam à polícia para revelar a verdade. Se estiver confirmado iremos punir os policiais”, afirmou o secretário.

Grella afirmou que as decisões da polícia são tomadas de acordo com o momento e que no protesto de sábado haviam grupos “predispostos a quebrar a ordem”, já que portavam bombas e materiais para depredar o espaço público.

“A PM tem uma estratégia de ação, que se deu no momento que se iniciou a quebra da ordem, para isolar os atos de vandalismo. Foi uma operação feita com este propósito e foi exitosa, pois tivemos uma quantidade menor de feridos e um tumulto menos expressivo para sociedade. Foi exitosa e se houve erros nós vamos apurar. Mas não há orientação para impedir jornalistas de trabalharem. Vocês (jornalistas) são os olhos da sociedade e a polícia tem o dever de manter a ordem”, disse.

O fotógrafo do Terra Bruno Santos foi ferido na perna. Outros dois fotógrafos foram detidos pela PM
O fotógrafo do Terra Bruno Santos foi ferido na perna. Outros dois fotógrafos foram detidos pela PM
Foto: Bruno Santos / Terra

Em relação à ação dos black blocs, Grella afirmou que desde as manifestações do ano passado o Deic vem criando estratégias para tentar conter esses manifestantes. O secretário lembrou ainda que em outros países leis foram mudadas e estratégias foram criadas exclusivamente contra esse grupo.

“É uma forma de pensar, uma ideologia que prega a manifestação pelo uso da violência. Em outros países houve aprimoramento da legislação e novas estratégias policiais. O que está sendo feito pelo Deic é um inquérito para apurar se houve crime, quem dirá isso é o MP, à polícia cabe apurar os fatos, identificar os participantes”. 

Fonte: Terra
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