SP: vistoria não encontra alvará em canil; 5 cães doentes são transferidos
Técnicos da Vigilância Sanitária, da Secretaria de Urbanismo e da Secretaria do Verde e do Desenvolvimento Sustentável da prefeitura de Campinas (SP) fizeram uma vistoria no sítio da União Protetora dos Animais (UPA), utilizada como abrigo de animais, na tarde desta quinta-feira e não encontraram o alvará de funcionamento. Os fiscais providenciaram a transferência de cinco cachorros doentes que estavam muito debilitados para uma clínica de tratamento veterinário. A fiscalização da prefeitura ocorre um dia após a Polícia Civil receber denúncias de maus tratos a animais e entrar no local com um mandado judicial. Ainda ontem, a polícia encontrou cinco corpos de filhotes de cães envoltos em saco plástico dentro de uma geladeira ao lado de carne que seria servida aos cachorros.
A Delegacia de Proteção aos Animais vai instaurar um inquérito e irá ouvir em depoimento os responsáveis pela administração da instituição. O abrigo, que fica às margens da rodovia Anhanguera, estava com 44 cães, a grande maioria animais abandonados encontrados nas ruas. De acordo com o fundador da UPA, o deputado estadual Feliciano Filho (PEN), as denúncias não procedem e são resultado de uma perseguição política. Segundo ele, o sítio opera há quatro anos e seria um espaço provisório para o tratamento de cães antes de eles serem encaminhados para a adoção.
Após a vistoria no local, os técnicos da prefeitura expediram um laudo de advertência e deram prazo de três dias para que seja providenciado o alvará de funcionamento do canil. Foi lavrado também um auto de infração, com advertência e multa, que pode variar de R$ 600 a R$ 6 mil. A entidade tem dez dias corridos para recorrer ou se adequar às condições exigidas pelos órgãos fiscalizadores.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de Campinas, foram constatadas irregularidades no sistema de esgotamento sanitário, que estava “precário, sem tratamento e com destinação inadequada”, e ainda verificadas instalações elétricas precárias.
A vigilância sanitária não aprovou o local de depósito da ração e afirmou que não foi possível identificar lote e origem do produto. Foram observados sinais de roedores no ambiente. A ausência de comprovantes de vacinação dos animais também foi motivo de advertência.