SP: Sistema Cantareira bate novo recorde e chega a 13,6%
O volume de água armazenado no Sistema Cantareira , em São Paulo, continua a cair e alcançou neste sábado mais um recorde negativo, chegando a 13,6%. Esse é o nível mais crítico desde que o sistema foi criado, na década de 1970. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é de chuva em São Paulo até a próxima terça-feira, mas o volume não será suficiente para melhorar a situação do Cantareira.
“Essa chuva ajuda a diminuição a evaporação, mas não deve resolver o problema”, avaliou Helena Balbino, meteorologista do Inmet. Ela explicou que a precipitação ocorrerá com a chegada de uma frente fria vinda do Uruguai em direção ao Oceano Atlântico. Ao encontrar um canal de umidade proveniente da Amazônia, ocorrem as chuvas. Helena esclarece que o outono, que começou na quinta-feira, e o inverno são estações tradicionalmente mais secas.
O diretor presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu Guillo, avaliou, em audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo, na última terça-feira (25), que 2014 será um ano "bastante difícil" para a população paulista. "Essa crise deve continuar durante todo o ano", ressaltou ele, que ainda defendeu a utilização do volume morto do Cantareira como medida de curto prazo para ajudar na solução da crise de desabastecimento.
Segundo a Climatempo, pancadas de chuva mais frequentes de março não estão sendo suficientes para reverter o quadro de seca. O total de chuva acumulado no mês na região dos reservatórios foi de 181,6 mm, sendo que a média normal de chuva para março é de 184, 1 mm. Há um ano, a reserva no Cantareira era de 61,6%.
O volume de chuva acumulado no Cantareira em março é o maior desde fevereiro de 2013, quando em 28 dias choveu aproximadamente 249 mm. Mas, naquela época, a reserva de água estava alta, em torno de 57%.