O Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo (Sincaesp) negou nesta sexta-feira envolvimento com o tumulto ocorrido pela manhã na Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. Por volta das 10h, manifestantes à cobrança de estacionamento atearam fogo a caçambas, guaritas e veículos.
De acordo com o presidente do Sincaesp, José Luiz Batista, a entidade quer apurar quem foram os responsáveis pelo conflito. “Qualquer ser humano consciente é contra uma manifestação da forma arbitrária que foi feita hoje. Eu e o sindicato temos o interesse de apurar tudo isso. Por que isso aconteceu desse jeito? Quem são os responsáveis por isso?”, disse.
Segundo Batista, o sindicato organizava uma manifestação para a madrugada da próxima segunda-feira. “Marcamos uma manifestação pacífica. Estávamos todos envolvidos”, afirmou.
Durante o protesto, circulou a informação de que haveria traficantes da região entre as pessoas que promovaram o tumulto. Eles teriam sido “contratados” por integrantes do sindicato, que teriam pago R$ 150. O presidente do Sincaesp disse que não poderia afirmar nada sobre o assunto. “Quero apuração disso, queríamos uma manifestação orquestrada. Eu quero apurar os responsáveis, mas isso aconteceu porque aqui não há diálogo”, disse.
Segundo Batista, amanhã a Ceagesp deverá funcionar normalmente. “O mercado se recupera rápido, até porque as instalações não foram afetadas. Só não vai voltar ao normal se esse projeto (de cobrança de estacionamento) não for cancelado”, disse.
De acordo com a assessoria da Ceagesp, cerca de 200 pessoas participaram do protesto nesta manhã. Por volta das 12h, os manifestantes colocaram fogo na sede da fiscalização da companhia. Mais cedo, já haviam quebrado cabines, montado barricadas e depredado carros. Quatro seguranças do local ficaram feridos durante confronto com manifestantes. Os seguranças teriam sido recebidos com pedradas e deram tiros para cima para espantar os agressores.
14 de março - Por volta das 10h, manifestantes contrários à cobrança da tarifa atearam fogo a caçambas, guaritas e veículos
Foto: Ricardo Matsukawa / Reprodução
14 de março - Um protesto contra a cobrança de estacionamento na Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, causa tumulto nesta sexta-feira no local
Foto: Edno Luan / Futura Press
14 de março - Um protesto contra a cobrança de estacionamento na Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, causa tumulto nesta sexta-feira no local
Foto: Ricardo Matsukawa / Reprodução
14 de março - Manifestantes quebraram cabines, montaram barricadas e depredaram carros
Foto: Ricardo Matsukawa / Reprodução
14 de março - Manifestantes quebraram cabines, montaram barricadas e depredaram carros
Foto: Ricardo Matsukawa / Reprodução
14 de março - Manifestantes quebraram cabines, montaram barricadas e depredaram carros
Foto: Ricardo Matsukawa / Reprodução
14 de março - Os manifestantes continuaram no interior da unidade e usaram pedaços de materiais de construção, que estavam sendo utilizados em uma reforma, para quebrar a sede da administração
Foto: Ricardo Matsukawa / Reprodução
14 de março - Por volta das 10h, manifestantes contrários à cobrança da tarifa atearam fogo a caçambas, guaritas e veículos
Foto: Edno Luan / Futura Press
14 de março - Por volta das 12h, os manifestantes colocaram fogo na sede da fiscalização da companhia
Foto: Edno Luan / Futura Press
14 de março - Mais cedo, já haviam quebrado cabines, montado barricadas e depredado carros
Foto: Edno Luan / Futura Press
14 de março - De acordo com a assessoria da Ceagesp, quatro pessoas ficaram feridas durante uma troca de tiros entre seguranças do local e manifestantes
Foto: Edno Luan / Futura Press
14 de março - A empresa dispensou todos os funcionários para garantir a integridade dos trabalhadores. Os cerca de 70 seguranças da Ceagesp também se retiraram do local
Foto: Edno Luan / Futura Press
14 de março - Movimentação de veículos na Ceagesp na manhã desta sexta-feira
Foto: André Lucas Almeida / Futura Press
14 de março - A Polícia Militar e o Batalhão de Choque estão no local para tentar conter o protesto
Foto: Thiago Tufano / Terra
14 de março - Cerca de 50 mil pessoas circulam diariamente pelo local. Na sexta-feira, ocorre a Feira das Flores, uma das mais tradicionais da Ceagesp
Foto: Thiago Tufano / Terra
14 de março - Há filas de veículos formadas no acesso de entrada para o entreposto
Foto: Thiago Tufano / Terra
14 de março - A Ceagesp começou a cobrar ontem pelo estacionamento de veículos, e a cobrança da tarifa também está valendo para os caminhões que carregam ou descarregam mercadorias
Foto: Thiago Tufano / Terra
14 de março - Para carros a primeira hora custa R$ 6, motos R$ 2 e para caminhoneiros o custo varia entre R$ 4 ou 5
Foto: Thiago Tufano / Terra
14 de março - Alguns caminhoneiros, que não quiseram se identificar, disseram que a cobrança é um absurdo porque não foi feita nenhuma melhoria no local
Foto: Thiago Tufano / Terra
14 de março - A Ceagesp informou que a cobrança do estacionamento é a última etapa de um processo de modernização da unidade
Foto: Thiago Tufano / Terra
14 de março - Por volta das 10h, manifestantes contrários à cobrança da tarifa atearam fogo a caçambas, guaritas e veículos
Foto: Ricardo Matsukawa / Reprodução
14 de março - O Corpo de Bombeiros, após ser impedido por manifestantes, conseguiu acessar os focos de incêndio e controlar o fogo. O teto de um dos prédios atingido pelas chamas corria o risco de desabar
Foto: Ricardo Matsukawa / Reprodução
14 de março - Cerca de 50 mil pessoas circulam diariamente pelo local. Na sexta-feira, ocorre a Feira das Flores, uma das mais tradicionais da Ceagesp
Foto: Ricardo Matsukawa / Reprodução
14 de março - Por volta das 10h, manifestantes contrários à cobrança da tarifa atearam fogo a caçambas, guaritas e veículos
Foto: Ricardo Matsukawa / Reprodução
14 de março - Os manifestantes continuaram no interior da unidade e usaram pedaços de materiais de construção, que estavam sendo utilizados em uma reforma, para quebrar a sede da administração
Foto: Ricardo Matsukawa / Reprodução
14 de março - Os manifestantes continuaram no interior da unidade e usaram pedaços de materiais de construção, que estavam sendo utilizados em uma reforma, para quebrar a sede da administração
Foto: Ricardo Matsukawa / Reprodução
14 de março - Manifestantes quebraram cabines, montaram barricadas e depredaram carros
Foto: Ricardo Matsukawa / Reprodução
15 de março - Ceagesp amanheceu ainda com os estragos causados pelo protesto durante a sexta-feira em São Paulo
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
15 de março - Prédio da administração ficou destruído após o tumulto
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
15 de março - Cabine do estacionamento também foi alvo de vandalismo durante o protesto
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
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A cobrança
A Ceagesp começou a cobrar ontem pelo estacionamento de veículos, e a cobrança da tarifa também está valendo para os caminhões que carregam ou descarregam mercadorias. Para carros e utilitários, a primeira hora custa R$ 6. Para motos, o valor da diária é único, de R$ 2. Os caminhoneiros pagam entre R$ 4 e R$ 5 – dependendo da quantidade de eixos do veículo – para descarregar a carga por até quatro horas.
Alguns caminhoneiros, que não quiseram se identificar, disseram que a cobrança é um absurdo porque não foi feita nenhuma melhoria no local. Além disso, segundo eles, não há espaço suficiente para os caminhões. Eles dizem que a única reforma foi a instalação de câmeras de segurança.
A Ceagesp informou que a cobrança do estacionamento é a última etapa de um processo de modernização da unidade. O objetivo é tornar mais rígido o controle do acesso de veículos e pessoas, pois foram registradas denúncias de exploração sexual dentro do entreposto. Segundo a companhia, a área tem 700 mil metros quadrados, por onde circulam diariamente 12 mil veículos por dia.
O órgão nega que a cobrança traga impactos no preço dos alimentos. Um estudo da Ceagesp aponta que o custo do pedágio representaria, em média, um acréscimo de R$ 0,02 nos produtos comercializados.