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SP: sindicato nega envolvimento com tumulto na Ceagesp

14 mar 2014 - 16h11
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<p>Por volta das 10h, manifestantes &agrave; cobran&ccedil;a de estacionamento na Ceagesp atearam fogo a ca&ccedil;ambas, guaritas e ve&iacute;culos</p>
Por volta das 10h, manifestantes à cobrança de estacionamento na Ceagesp atearam fogo a caçambas, guaritas e veículos
Foto: Edno Luan / Futura Press

O Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo (Sincaesp) negou nesta sexta-feira envolvimento com o tumulto ocorrido pela manhã na Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. Por volta das 10h, manifestantes à cobrança de estacionamento atearam fogo a caçambas, guaritas e veículos.

De acordo com o presidente do Sincaesp, José Luiz Batista, a entidade quer apurar quem foram os responsáveis pelo conflito. “Qualquer ser humano consciente é contra uma manifestação da forma arbitrária que foi feita hoje. Eu e o sindicato temos o interesse de apurar tudo isso. Por que isso aconteceu desse jeito? Quem são os responsáveis por isso?”, disse.

Segundo Batista, o sindicato organizava uma manifestação para a madrugada da próxima segunda-feira. “Marcamos uma manifestação pacífica. Estávamos todos envolvidos”, afirmou.

Durante o protesto, circulou a informação de que haveria traficantes da região entre as pessoas que promovaram o tumulto. Eles teriam sido “contratados” por integrantes do sindicato, que teriam pago R$ 150. O presidente do Sincaesp disse que não poderia afirmar nada sobre o assunto. “Quero apuração disso, queríamos uma manifestação orquestrada. Eu quero apurar os responsáveis, mas isso aconteceu porque aqui não há diálogo”, disse.

Segundo Batista, amanhã a Ceagesp deverá funcionar normalmente. “O mercado se recupera rápido, até porque as instalações não foram afetadas. Só não vai voltar ao normal se esse projeto (de cobrança de estacionamento) não for cancelado”, disse.

De acordo com a assessoria da Ceagesp, cerca de 200 pessoas participaram do protesto nesta manhã. Por volta das 12h, os manifestantes colocaram fogo na sede da fiscalização da companhia. Mais cedo, já haviam quebrado cabines, montado barricadas e depredado carros. Quatro seguranças do local ficaram feridos durante confronto com manifestantes. Os seguranças teriam sido recebidos com pedradas e deram tiros para cima para espantar os agressores.

A cobrança

A Ceagesp começou a cobrar ontem pelo estacionamento de veículos, e a cobrança da tarifa também está valendo para os caminhões que carregam ou descarregam mercadorias. Para carros e utilitários, a primeira hora custa R$ 6. Para motos, o valor da diária é único, de R$ 2. Os caminhoneiros pagam entre R$ 4 e R$ 5 – dependendo da quantidade de eixos do veículo – para descarregar a carga por até quatro horas.

Alguns caminhoneiros, que não quiseram se identificar, disseram que a cobrança é um absurdo porque não foi feita nenhuma melhoria no local. Além disso, segundo eles, não há espaço suficiente para os caminhões. Eles dizem que a única reforma foi a instalação de câmeras de segurança.

A Ceagesp informou que a cobrança do estacionamento é a última etapa de um processo de modernização da unidade. O objetivo é tornar mais rígido o controle do acesso de veículos e pessoas, pois foram registradas denúncias de exploração sexual dentro do entreposto. Segundo a companhia, a área tem 700 mil metros quadrados, por onde circulam diariamente 12 mil veículos por dia.

O órgão nega que a cobrança traga impactos no preço dos alimentos. Um estudo da Ceagesp aponta que o custo do pedágio representaria, em média, um acréscimo de R$ 0,02 nos produtos comercializados.

Fonte: Terra
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