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Cidades

SP: rodoviários impedem saída de ônibus de 2 garagens

22 mai 2014 - 06h07
(atualizado às 14h08)
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Manifestante protesta até contra o apresentador José Luiz Datena, da TV Bandeirantes
Manifestante protesta até contra o apresentador José Luiz Datena, da TV Bandeirantes
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press

Após o anúncio, na noite de quarta-feira, de que os ônibus voltariam a funcionar normalmente em São Paulo, motoristas e cobradores do transporte da capital paulista voltaram a bloquear, na madrugada desta quinta-feira, a saída de coletivos de duas garagens da empresa Santa Brígida. Segundo informações da São Paulo Transporte (SPTrans), a  viação Gato Preto, que atua na zona norte, acabou atrasando a saída dos veículos durante a madrugada, mas a operação foi normalizada no início da manhã, por volta das 6h.

Para amenizar a falta de ônibus provocada pela Santa Brígida, a SPTrans acionou 95 ônibus da Operação Paese para atender as quatro principais linhas paralisadas: Terminal Pirituba - Largo do Paissandu; Terminal Pirituba - Praça Ramos de Azevedo; Vila Uório - Terminal Pinheiros e Terminal Vila Nova Cachoeirinha - Largo do Paissandu.

Apesar do protesto, os 28 terminais da cidade estavam abertos por volta das 9h.  Apenas o Terminal Pirituba continuava vazio pela falta de ônibus da empresa paralisada. Na zona norte, ônibus foram parados na avenida Inajar de Souza e tiveram pneus furados. De acordo com a SPTrans, o ato faz parte de uma manifestação da região do terminal Cachoeirinha, que opera normalmente.

Um acordo entre os funcionários da Santa Brígida fez com que 75% dos veículos fossem colocados nas ruas por volta das 10h. Uma hora antes, a Polícia Militar foi até a garagem para garantir a saída dos veículos Os ônibus que deixaram a garagem, porém, foram depredados.

Resistência.

A decisão de colocar os ônibus em circulação nesta quinta-feira foi tomada ontem após quase três horas de reunião, na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho, com a presença dos advogados dos sindicatos patronais e representantes da prefeitura e dos trabalhadores.

O superintendente Luiz Antônio Medeiros anunciou que irá intermediar um encontro entre trabalhadores e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). A ideia é que ele converse com os empresários para que reabram as negociações salariais.

O advogado dos sindicatos patronais, Antônio Roberto Pavani Junior, disse que uma liminar, conseguida pelas empresas, garante o funcionamento de 75% das linhas de ônibus da cidade. A determinação veio da desembargadora Rilma Hemetério, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região. De acordo com ele, uma audiência foi agendada para o início da tarde de hoje no TRT para julgar o movimento grevista.

Os representantes dos grevistas disseram que não há divergências com o sindicato. Segundo eles, grande parte da categoria não pôde comparecer à assembleia para apreciar a proposta aprovada.

Prefeitura

Na tarde quarta-feira, a prefeitura de São Paulo notificou os sindicatos que representam patrões e empregados no transporte coletivo para que seja encerrada a paralisação iniciada na manhã dessa terça-feira e que, ainda nesta quarta, parou ônibus e fechou terminais por toda a cidade.

Nas notificações, tanto o texto para o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (SP Urbanuss) quanto para o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário e Urbano afirma que a paralisação é “infundada e ilegal”. As notificações ainda pontuaram que, caso a paralisação não seja suspensa, o município adotará medidas cíveis (tais como as multas) e penais contra as duas entidades.

Antes, o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, definiu como "estranha" a paralisação após acordo coletivo e falou de atos criminosos por parte de grevistas. 

Foto: Arte Terra

Fonte: Terra
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