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SP: protesto distribui 'drogas lícitas' contra projeto que endurece punições

Integrantes da Marcha da Maconha protestam contra "hipocrisia" em SP

2 abr 2013 - 18h17
(atualizado às 18h18)
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<p>Munidos de cartazes contra o PL, os manifestantes distribuíram copos de cachaça, além de cigarros de tabaco, doces (balas e pirulitos), saquinhos de açúcar, aspirina e erva mate</p>
Munidos de cartazes contra o PL, os manifestantes distribuíram copos de cachaça, além de cigarros de tabaco, doces (balas e pirulitos), saquinhos de açúcar, aspirina e erva mate
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

Integrantes da Marcha da Maconha e do coletivo Desentorpecendo a Razão (DAR) promoveram nesta terça-feira uma distribuição de "drogas lícitas", no viaduto do Chá, no centro de São Paulo, para protestar contra o projeto de lei (PL) 7663/2010, de autoria do deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS). O texto, que pode ser votado ainda neste mês pela Câmara dos Deputados, cria regras para o tratamento de dependentes químicos e endurece a luta contra as drogas no País.

Munidos de cartazes contra o PL, os manifestantes distribuíram copos de cachaça, além de cigarros de tabaco, doces (balas e pirulitos), saquinhos de açúcar, aspirina e erva mate.

"O protesto tem um formato irônico para escancarar a hipocrisia que é essa guerra contra as drogas", explicou a jornalista Gabriela Moncau, 23 anos, que participa dos dois movimentos. "Não tem critério certo para decidir o que deve ser ilegal. Hoje vivemos um desrespeito à autonomia dos adultos. Existe uma série de drogas, como o álcool e o tabaco, que fazem mal para a saúde, que são legais", argumentou.

A manifestação foi organizada pelas redes sociais, mas não foram distribuídas drogas ilegais, apesar da propaganda na internet, feira para chamar atenção.

"Fomos pegos de surpresa pela decisão da Câmara de votar esse texto em regime de urgência. É um retrocesso e um descompasso em relação ao avanço dos debates na sociedade", completou a manifestante.

O protesto, que começou às 16h20, foi pacífico e, durante a manifestação, foram distribuídos ainda cerca de 6 mil panfletos que listam "10 motivos" para ser contra o PL, entre eles: a banalização das internações de dependentes químicos, a "judicialização" das políticas de saúde pública e a superlotação dos estabelecimentos prisionais.

Marcha da Maconha

Realizada anualmente em diversas cidades, a Marcha da Maconha está prevista para ocorrer no dia 8 de junho, partindo do Masp, também no centro. Neste ano, a organização espera levar às ruas "blocos" de manifestantes, para abordar outros temas que permeiam o debate, entre eles o bloco feminista, religioso e de uso medicinal das drogas.

Fonte: Terra
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