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Cidades

SP: professor é preso por suspeita de atuar como black bloc

Ele dá aulas de português e inglês na rede pública e, segundo a polícia, confessou ter depredado uma agência bancária

24 jul 2014 - 18h01
(atualizado às 20h05)
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Professor também é investigado por suspeita de participação na depredação de uma concessionária de carros de luxo na marginal Pinheiros
Professor também é investigado por suspeita de participação na depredação de uma concessionária de carros de luxo na marginal Pinheiros
Foto: Leonardo Benassatto / Futura Press

A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta quinta-feira um professor suspeito de adotar a tática black block - de depredação de símbolos do capitalismo e do Estado - em manifestações na capital.

Segundo informações do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Jefte Rodrigues do Nascimento, 30 anos, confessou ter depredado uma agência bancária na avenida Rebouças, em Pinheiros (zona oeste), no dia 19 de junho deste ano, durante um protesto convocado pelo Movimento Passe Livre (MPL) para comemorar o aniversário de um ano da queda das tarifas do transporte público. Ele também é investigado por suspeita de participação na depredação de uma concessionária de carros de luxo na marginal Pinheiros, no mesmo dia.

O professor está preso temporariamente (por cinco dias) e vai responder pelos crimes de associação criminosa e dano qualificado. O diretor do Deic, delegado Wagner Giudice, disse que a investigação apontou que os manifestantes se associavam por meio das redes sociais antes de cada ato e apresentou fotos que mostram o professor em protestos realizados neste ano. “Em todas essas manifestações, houve depredação”, afirmou Giudice em entrevista coletiva.

Nascimento, que dá aulas de português e inglês em escolas públicas da capital, foi preso na manhã desta quinta-feira em sua casa, no bairro Fazenda da Juta, na zona leste de São Paulo, em cumprimento a um mandado de busca e apreensão.

Outro manifestante suspeito de participar da depredação da concessionária foi preso na mesma investigação. João Antônio Alves de Roza está preso desde o dia 2 de julho e hoje se encontra no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros.

Veja momento em que manifestantes invadem concessionária e destroem carros:

Outros presos

Também estão presos o estudante e funcionário da USP Fábio Hideki Harano, 26 anos, e o administrador de empresas e ex-policial militar Rafael Marques Lusvarghi, 29 anos. Ambos foram detidos em um ato contra a Copa do Mundo no dia 23 de junho.

Entre os crimes dos quais são suspeitos estão porte de material explosivo e associação criminosa. A Defensoria Pública do Estado e diversas entidades de direitos humanos, no entanto, afirmam que as provas contra eles foram forjadas. Já o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, sustenta que Harano e Lusvarghi seriam os primeiros black blocs a serem presos no Estado. 

Fonte: Terra
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