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SP: tiro em ato foi disparado por policial, confirma Grella

24 jun 2014 - 13h28
(atualizado às 15h23)
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Policial sacou a arma durante o protesto desta segunda, na avenida Paulista
Policial sacou a arma durante o protesto desta segunda, na avenida Paulista
Foto: Futura Press

O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella, confirmou nesta terça-feira que o homem que atirou para o alto com uma arma de fogo na noite passada, na avenida Paulista, era um policial civil. Os disparos foram efetuados por volta das 19h, ao fim da manifestação contra a Copa do Mundo que havia tomado a via desde a tarde. O secretário considerou “legítima” a atitude do policial –que, segundo ele, atirou como “advertência, em uma ação legítima, como é a legítima defesa”.

“Esse tiro em princípio foi de advertência, o que é uma ação legítima, como é a legítima defesa. E esse fato vai ser apurado, mas, em princípio, não há nada de irregular”, afirmou Grella.

Os tiros foram dados pouco antes de dois manifestantes serem detidos por equipes do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Um deles, o administrador de empresas Rafael Marques Lusvarghi, de 29 anos, foi levado em um carro da Polícia Civil descaracterizado. Além dele, também foi preso o técnico de laboratório Fabio Hideki Harano, 26 anos, transferido durante a madrugada para o Centro de Detenção Provisória (CDP)

O técnico de laboratório e o administrador de empresas foram autuados por associação criminosa, porte de artefato explosivo, desobediência e incitação à violência. É o Deic que apura a ação dos black blocs nos protestos em São Paulo.

A reportagem tentou contato com o advogado do técnico, Luiz Rodrigues da Silva, mas ele não foi localizado. A advogada Tatiana Luz, do coletivo Advogados Ativistas, acompanhou a situação de Lusvarghi na delegacia.

Para a advogada, a ação do policial, ao contrário do que o Estado alega, não teria sido necessária.

“A prisão do Rafael, assim como o fato de um policial atirar para o alto com arma de fogo, foi totalmente arbitrária e abusiva. O policial estava à paisana e teve uma atitude desproporcional ao contexto dos fatos: a manifestação já estava no final, os manifestantes já se dispersavam ao metrô, de forma pacífica, e os policiais haviam agido de forma intimidadora durante todo o protesto”, afirmou.

A advogada acompanhou o interrogatório do jovem, mas reclamou de ter sido impedida de ter acesso ao auto de prisão em flagrante. “O que ele me disse é que levou uma gravata de um policial e caiu desacordado. Quando acordou, estava algemado e muito confuso, sequer sabia por que estava sendo preso”, disse Tatiana.

Fonte: Terra
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