Organização do evento afirma que contagem da polícia não considera "público flutuante" e nega que antecipação do evento, que ocorria no Corpus Christi, tenha causado prejuízo
Pelo menos 100 mil pessoas participaram neste domingo, em São Paulo, da 18ª edição da Parada do Orgulho LGBT, na avenida Paulista. A estimativa é da Polícia Militar.
De acordo com o comandante do policiamento na região central, coronel Celso Luiz Pinheiro, o cálculo considerou a medição feita pela PM em sobrevoo realizado às 15h30 na Paulista e em outras vias da região central por onde a multidão seguiu, acompanhando os trios elétricos, até a Praça da República.
Às 16 horas, passadas três horas do início do desfile dos trios, uma base móvel da PM na calçada do Parque Trianon havia registrado quatro ocorrências, todas, de furto. O comandante do policiamento, contudo, destacou ainda um caso de porte de entorpecentes –que rendeu uma das duas prisões em flagrante do evento. A outra, segundo Pinheiro, foi em um dos casos de furto.
Procurada para comentar o número de participantes divulgado pela PM, a Prefeitura de São Paulo, por meio de sua secretaria municipal de Direitos Humanos, informou não ter um número fechado e pediu para que a reportagem conversasse com a Associação da Parada.
O presidente da entidade, Fernando Quaresma, afirmou que a participação do público “superou a expectativa; foi um sucesso”. “Nosso público é fiel, e antecipar a data do evento não trouxe qualquer prejuízo. Mesmo porque, a rede hoteleira da cidade estava com 100% de ocupação neste fim de semana”, afirmou. “Não contestamos o número da PM, mas é fato que ele não considera o público flutuante que esse tipo de evento tem. E há que se destacar que foi tudo muito pacífico”, concluiu Quaresma.
A Parada Gay em São Paulo pediu a criminalização da homofobia
Foto: Janaina Garcia / Terra
Homens dançam em trio-elétrico na Parada Gay
Foto: Janaina Garcia / Terra
Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde, participa da Parada Gay
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A Prefeitura investiu pouco mais de R$ 2 milhões no evento
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Para animar o evento, a comunidade LGBT usa trios elétricos
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Homens dançam e transformista se apresenta no trio elétrico
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Ao todo, a Parada teve um custo de R$ 3 milhões dos quais entidades federais como Petrobras e Caixa Econômica Federal também aparecem como patrocinadores.
Foto: Janaina Garcia / Terra
Participantes se fantasiaram para participar do evento e levaram a mandeira do movimento LGBT
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O lema da 18º Parada Gay é " Chega de mortes! Criminalização já!
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Atos de intolerância que não atingem só o agredido, mas a humanidade, disse o prefeito Fernando Haddad
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A Parada Gay em São Paulo pediu a criminalização da homofobia
Foto: Janaina Garcia / Terra
Entendemos que se trata de uma parada cívica, antes mais nada; para nós ainda não é uma festa e nem pode ser é dia de luta, de mobilização contra a intolerância contra a comunidade LGBT", explicou Haddad
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A organização não quis fazer estimativas de público o número de participantes sai apenas no final do dia. Só pela Polícia Militar, segundo a corporação, são 1.700 PMs escalados para o evento
Foto: Oswaldo Corneti / Fotos Públicas
elos números da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, referentes a 2012, mais de 10 mil homossexuais foram agredidos no Brasil em virtude de orientação sexual
Foto: Oswaldo Corneti / Fotos Públicas
Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo, na avenida Paulista, neste domingo
Foto: Oswaldo Corneti / Fotos Públicas
Pelos números da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, referentes a 2012, mais de 10 mil homossexuais foram agredidos no Brasil em virtude de orientação sexual
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Só pela Polícia Militar, segundo a corporação, são 1.700 PMs escalados para fazer a segurança do evento
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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As cores do Brasil também foram usadas nas fantasias
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Os participantes não economizaram na criatividade das fantasiais
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O público lotou a avenida Paulista para celebrar a diversidade e dar um basta na homofobia
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Os participantes não economizaram na criatividade das performances e fantasiais
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Membros da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo, fizeram uma campanha contra a aids
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Ao todo, a Parada teve um custo de R$ 3 milhões dos quais entidades federais como Petrobras e Caixa Econômica Federal também aparecem como patrocinadores
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Uma bandeira do arco-íris cobre a rua
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Por volta das 14h, a bandeira do arco-íris, símbolo do movimento LGBT, passava pela Rua da Consolação rumo à Praça da República, onde ocorrerão os shows de encerramento.
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Muitos carregavam a bandeira do arco-íris, símbolo do movimento LGBT
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Padilha é 1º pré-candidato a desfilar na 18ª Parada LGBT
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O pré-candidato do PT ao governo paulista desfilou no trio elétrico da Central Única dos Trabalhadores (CUT)
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Muitos usaram fantasias e adereços para participar da festa
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Com fantasias de inspiração cinematográfica, as drag queens, e as transexuais, vestidas com roupa de festa, faziam sucesso com o público
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Parada Gay reúne milhares de pessoas na avenida Paulista
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Parada do Orgulho LGBT protesta na capital paulista contra homofobia
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Embalados pela música eletrônica, milhares de pessoas aproveitam a tarde de sol para celebrar a diversidade
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Desfile da 18ª Parada LGBT em São Paulo neste domingo
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Neste ano, a 18ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais), que tradicionalmente ocorre em junho, foi antecipada para não coincidir com a Copa do Mundo
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Sob sol e com música eletrônica, Parada do Orgulho LGBT celebra a diversidade
Foto: Marcelo Pereira / Terra
Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo paulista, desfilou no trio elétrico da Central Única dos Trabalhadores (CUT) ao som de "Show das Poderosas", da funkeira carioca Anitta
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A transformista Salete Campari desfilou no evento
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Eduardo Suplicy, senador pelo PT participou na parada LGBT
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A Paulista foi tomada pelas cores do arco-íris
Foto: Janaina Garcia / Terra
Milhares de pessoas participam dos desfiles da 18ª Parada LGBT em São Paulo, na avenida Paulista
Foto: Janaina Garcia / Terra
Trios elétricos passaram pela avenida Paulista neste domingo
Foto: Vilmar Bannach / vc repórter
Desfile da 18ª Parada do Orgulho LGBT aconteceu na avenida Paulista, em São Paulo
Foto: Vilmar Bannach / vc repórter
Pessoas fantasiadas tomaram conta da avenida Paulista neste domingo
Foto: Vilmar Bannach / vc repórter
Parada Gay em São Paulo lotou a avenida Paulista neste domingo
Foto: Vilmar Bannach / vc repórter
Evento pediu a criminalização da homofobia
Foto: Vilmar Bannach / vc repórter
Público usou fantasias com cores da bandeira do Brasil na 18ª Parada Gay, em São Paulo
Foto: Vilmar Bannach / vc repórter
Desfile reuniu milhares de pessoas no centro de São Paulo neste domingo
Foto: Vilmar Bannach / vc repórter
Parada Gay teve sua 18ª edição neste domingo
Foto: Vilmar Bannach / vc repórter
Público lotou a avenida Paulista neste domingo, em São Paulo
Foto: Cleide Isabel / vc repórter
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A Parada LGBT acontece sempre no feriado de Corpus Christi, mas foi antecipada, este ano, porque a data coincidiria com a agenda de eventos da Copa do Mundo em São Paulo.
A 18ª edição teve como temas centrais o combate à homofobia, com pedido para que a prática seja criminalizada, e a aprovação de um projeto de lei que assegure ao cidadão a identidade de gênero.
A entrevista coletiva que antecedeu o desfile dos trios elétricos, hoje de manhã, no auditório da Fecomércio, foi marcada pela cobrança de ativistas a autoridades federais, estaduais e municipais para que as bandeiras defendidas pela Parada sejam concretizadas.
Gays e héteros divergem sobre proposta da Parada
Entre os participantes, famílias, casais heterossexuais e homossexuais, além de drag queens, estiveram presentes na 18ª Parada. O propósito de defesa da causa anti-homofobia, entretanto, dividiu as opiniões.
“O evento em si é algo muito bom, porque é uma chance de nos sentirmos respeitadas. Fora desses eventos, ainda há muito preconceito”, disse a drag Jenifer Carraroh, 22 anos. “A parada virou uma micareta, e não mais uma luta contra o preconceito”, contestou a drag Raquel Winehouse, 18 anos, “cover” da cantora Amy Winehouse.
Musa da Parada Gay de Jundiaí, que acontece em outubro, a drag queen Kauara Lafitti, 37 anos, definiu: “Não dá para pedir respeito em um evento com esse. Foi-se o tempo; a coisa perdeu o propósito “, lamentou ela, que contou já ter sido gerente de posto de combustíveis antes de assumir a nova atividade.
Uma família de Goiânia aproveitou a visita a um parente em São Paulo para conferir a Parada. “Tudo é divertido, ainda mais que é a primeira vez que eu venho”, contou a aposentada Maria José Rocha, de 76 anos, com as filhas Mônica, de 50 anos, e Mabel, de 56. “Gostei do que vi, mas é bem diferente do meu mundo”, opinou Mabel. “É a segunda vez que venho e pretendo vir mais vezes”, arrematou Mabel.
Moradores das proximidades da Paulista, o casal Marcelo Pompeu, 48 anos, e Fernanda Skolaude, de 32 anos, levaram o filho Otto, de dois anos, “para ele não ter a mente fechada”.
“Somos a favor da causa LGBT, cada um faz o que quer da própria vida, mas o ideal seria que a Parada acontecesse em um local fechado. Aqui na Paulista é muito barulho e muita coisa fica quebrada”, opinou o músico.
Alheio às críticas, o engenheiro civil, ex-aeronauta e tradutor Alexandre Santos Silva, 55 anos, se definiu “um viado que gosta de mulher” ao relatar ter namorado homens e mulheres. “Mas prefiro a suavidade das mulheres, homem com homem é muita testosterona. E não sou bissexual, porque rejeito rótulos que esse termo acaba colocando”, explicou.
Colaboraram com esta notícia os leitores Vilmar Bannach, de São Paulo (SP), e Cleide Isabel, de São Bernardo do Campo (SP), que participaram do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.