SP: nível do Sistema Cantareira chega a 9,6% e agrava crise
A reserva de água do Sistema Cantareira continua a cair, e atingiu 9,6% de sua capacidade nesta quarta-feira, um nível considerado crítico pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A empresa divulgou hoje que o reservatório - que abastece boa parte da Grande São Paulo - chegou ao seu menor nível desde que o sistema entrou em operação, em 1974. Com o principal fornecedor de água nessas condições, a região vem enfrentando uma grave crise de abastecimento.
Por esse sistema, é feita a distribuição de água para cerca de 9 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo. A mesma fonte de captação alimenta as bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, no interior do Estado.
Por determinação da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo, a retirada de água do Sistema Cantareira foi reduzida de 24,8 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 22,4 m³/s. Uma nova avaliação deverá ser feita no próximo dia 15.
Desde o dia 17 de março, a Sabesp vem tocando obras para viabilizar a retirada de água da reserva estratégica, que fica em uma área mais profunda do que a da atual captação, nas represas Atibainha, em Nazaré Paulista, e Jaguari/Jacareí, em Bragança Paulista. Pelo cronograma, esse aproveitamento deve começar em julho, elevando a oferta em torno de 200 bilhões de litros, volume suficiente para garantir o abastecimento por quatro meses.
Entenda o que é o sistema Cantareira, o que levou à crise do abastecimento de água em São Paulo e quais as medidas que estão sendo tomadas para evitar o racionamento