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Cidades

SP: manifestantes e PM entram em confronto em frente à Alesp

3 ago 2013 - 00h50
(atualizado às 07h22)
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Manifestantes que realizaram um protesto contra os governadores paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), e fluminense, Sérgio Cabral (PMDB), em São Paulo entraram em confronto com policiais militares na noite dessa sexta-feira em frente à Assembleia Legislativa (Alesp), na região do Parque do Ibirapuera, zona sul da capital – cerca de 80 pessoas queriam entrar no prédio, e a polícia fez um cordão de isolamento, de acordo com informações do Jornal da Globo. Ao menos uma pessoa foi detida.

<p><strong>30 de julho</strong> - Manifestante encara policial</p>
30 de julho - Manifestante encara policial
Foto: Fernando Borges / Terra

Na frente da barreira começou uma confusão. A PM usou cassetetes e lançou bombas de gás lacrimogênio em direção aos manifestantes – dois manifestantes e um policial ficaram feridos. Antes disso, os manifestantes chegaram a bloquear avenidas da cidade para realizar o protesto. Eles foram acompanhados durante todo o trajeto por um grande aparato policial. Os manifestantes cobram o paradeiro do pedreiro Amarildo, desaparecido da Rocinha, no Rio, depois de uma operação policial. Eles pedem ainda a saída dos governadores Alckmin e Cabral e a abertura das contas do metrô, trem e ônibus em São Paulo.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Com informações da rádio CBN

Fonte: Terra
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