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Cidades

SP: manifestantes decidem desocupar Câmara de Rio Preto

18 jul 2013 - 01h35
(atualizado às 15h18)
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Depois de 3h30 de assembleia, que terminou por volta de 1h desta quinta-feira, os cerca de 70 manifestantes que estão acampados na Câmara Municipal de São José do Rio Preto (SP), decidiram desocupar o prédio. A desocupação, segundos os líderes do Movimento Vergonha Rio Preto, será a partir das 19 horas desta quinta-feira, quando então se completará uma semana de ocupação.

Durante a assembleia, os manifestantes chegaram à conclusão de que a ocupação deu resultados positivos com os vereadores apoiando as causas do movimento e prometendo cumprir a lista de reivindicações mais urgentes. A lista tem seis exigências: fim do recesso parlamentar, retirada de itens abusivos do regimento interno da Casa, desconto das faltas dos vereadores nos vencimentos, criação de vagas nas creches da cidade, fim da inclusão de áreas rurais no perímetro urbano e a não destruição de uma praça para construção de um terminal rodoviário.

Segundo os manifestantes, os vereadores já se comprometeram a atender duas principais revindicações, que são o fim recesso parlamentar e as mudanças no Regimento Interno da Casa. “Vamos sair pacificamente agora que a ocupação completa uma semana, mas não deixaremos continuar acompanhando o cumprimento da pauta, vamos fazer reuniões semanais aqui mesmo na Câmara e chamaremos a população para participar”, afirmou o professor José Paulo Dias, um dos líderes do movimento.

A posição de apoio do Legislativo para as causas dos manifestantes foi feita durante reunião realizada com 10 dos 17 vereadores da Câmara na noite de terça-feira. Segundo Dias, como forma de pressionar os vereadores a cumprir a parte deles no acordo, os manifestantes vão documentar as promessas em ata e em vídeos feitos durante a reunião. “Se eles não cumprirem o que se comprometeram com a gente, vamos mostrar para a população que eles não estarão fazendo a parte deles”, disse.

Por isso, antes de deixar o prédio da Câmara, os manifestantes vão entregar documentos relatando o acordo para serem assinados pelos vereadores. “Assim que eles assinarem, a gente desocupa a Câmara”, diz José Paulo Dias. Além da lista de seis reivindicações, os manifestantes possuem outra lista de exigências que devem ser cumpridas em longo prazo pelo Legislativo e Executivo.

A ocupação da Câmara ocorreu na noite da última quinta-feira, quando, depois de bloquear duas avenidas da cidade, o grupo de manifestantes se instalou com colchonetes no saguão da Câmara, iniciando um acampamento. A desocupação ocorre no momento em que o presidente da Câmara, Paulo Pauléra (PP), ingressa com ação judicial pedindo a expulsão do grupo, pedido ainda não foi atendido pela Justiça.

Fonte: Especial para Terra
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