Policiais militares cercaram o terreno no início da manhã
Foto: Peter Leone / Futura Press
Mais de 800 famílias vivem no terreno invadido
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Moradores protestaram contra a reintegração de posse
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Proprietário do terreno, durante reintegração de posse na manhã desta terça-feira
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Tropa de choque durante a invsão do terreno
Foto: Peter Leone / Futura Press
Policiais enfileirados enfrentaram os moradores resistentes
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Policias passam por uma fogueira feita pelos manifestantes
Foto: Peter Leone / Futura Press
Fotógrafo e criança tentam se proteger durante a invasão
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Policial atirando durante processo de ocupação na zona leste de São Paulo
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Mulher corre da tropa de choque com bebê no colo
Foto: Peter Leone / Futura Press
Retroescavadeiras ocuparam o terreno que foi invadido pelas famílias
Foto: Fernando Borges / Terra
Mulher deixa o local com bebê
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Morador em cima do muro, se preparando para deixar própria casa
Foto: Fernando Borges / Terra
Crianças brincam no meio do terreno abandonado
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Moradores mostram artefatos que teriam sido atirados por PMs
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Família aguarda a decisão sobre a desocupação do terreno
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Homem mostra bomba de efeito moral atirada pela PM
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Casa parcialmente demolida
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Morador carregando um sofá durante o processo de desocupação
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Após a decisão judicial, moradores puderam retornar para casa
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Apesar da tensão, jovem faz sinal de positivo
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Moradores comemoraram a decisão que impedia a reintegração de posse
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Caminhões de mudança foram colocados a disposição dos moradores
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Casas de alvenaria fazem parte do cenário no local
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Homem carrega o que pode nos ombros e volta para casa
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Uma decisão judicial permitiu que os moradores continuassem no terreno
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Homem tenta mover o telhado de casa
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Ocupantes do terreno invadido aguardam para saber o que fazer
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Máquinas invadiram o terreno na zona leste na manhã desta terça
Foto: Fernando Borges / Terra
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Foi publicado na edição desta quarta-feira do Diário Oficial de São Paulo o decreto assinado pelo prefeito Fernando Haddad que transforma em área de interesse social o terreno ocupado por cerca de 1,7 mil pessoas no Jardim Iguatemi, na zona leste de São Paulo. O local foi palco de um imbróglio judicial nesta terça-feira e contou com a presença de 20 oficiais de justiças e dezenas de homens da tropa de choque da Polícia Militar.
Segundo decisão judicial, o terreno invadido pelos moradores deveria ser devolvido ao seu dono. A ação de reintegração de posse teve liminar concedida em 12 de agosto de 2012, pelo juiz Jurandir de Abreu Júnior. Ontem, durante a ação policial, manifestantes chegaram a entrar em confronto com a PM, que revidou com bombas de efeito moral.
No início da tarde, Haddad e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) acabaram entrando em um acordo político e ficou definido que a ação da Polícia Militar seria cancelada. A ação judicial também foi suspensa pelo mesmo juiz que a expediu.
Agora, com o Decreto de Utilidade Pública (DUP), a prefeitura poderá regularizar a situação das 800 famílias que vivem no local, cadastrando-as em programas habitacionais da cidade. “É uma coisa que tem impacto social. Imagina duas mil pessoas perambulando pela cidade: desamparadas, desassistidas, com problemas na área da educação, na área da saúde, na área da assistência e na área da moradia”, disse o prefeito.
Segundo o próprio Haddad, a prefeitura já havia proposto uma desapropriação amigável, o que foi recusado pelo proprietário do terreno. “Nós nos propusermos a fazer uma desapropriação amigável, que é algo que está previsto na legislação. Não houve interesse da parte dele. Ele inclusive deu declarações a imprensa que causaram até uma certa comoção pela insensibilidade que ele demonstrou. Inclusive há algumas denúncias de que ele próprio estimulou a ocupação, uma espécie de autogrilagem para forçar uma solução para aquela área. Isso também tem que ser apurado”, completou Haddad.
O imóvel pertence agora, segundo o decreto, à Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (Cohab). De acordo com a prefeitura, não serão aceitos novos habitantes no local.