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SP: galpão é incendiado durante protesto de ex-moradores do Pinheirinho

19 jul 2013 - 21h57
(atualizado às 22h06)
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<p>Cerca de 100 ex-moradores do terreno do Pinheirinho em S&atilde;o Jos&eacute; dos Campos (SP), retornam ao local e fazem um ato simb&oacute;lico entrando no terreno e exigindo as casas prometidas</p>
Cerca de 100 ex-moradores do terreno do Pinheirinho em São José dos Campos (SP), retornam ao local e fazem um ato simbólico entrando no terreno e exigindo as casas prometidas
Foto: Lucas Lacaz Ruiz / Futura Press

Um galpão onde eram guardados itens que pertencem a ex-moradores da área em São José dos Campos (SP) conhecida como Pinheirinho foi incendiado durante uma manifestação, na manhã desta sexta-feira. 

Após 1 ano, Pinheirinho segue vazio e famílias, no auxílio aluguel

O ato, promovido por ex-moradores do local, pedia casas para as pessoas retiradas do terreno em janeiro de 2012. 

Segundo a Polícia Militar, cerca de 100 pessoas participaram do protesto. Os manifestantes quebraram o cadeado que bloqueia a entrada ao terreno depois de fecharem a estrada do Imperador. Eles usaram um carro de som de um sindicato e carregavam bandeiras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). 

Segundo a PM, o Corpo de Bombeiros foi chamado para controlar o fogo. A manifestação começou por volta das 9h20 e terminou aproximadamente às 14h. Não há registros de feridos e detidos. 

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País
Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

A grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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